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Pré-COP30: objetivando protagonismo nas discussões, Governo do Amapá traça estratégias para participação na Conferência do Clima

A gestão do Estado mais preservado do Brasil vai mostrar boas práticas e captar recursos que provoquem o desenvolvimento social e sustentável na região.

19/04/2025 10h10 - Atualizada em 19/04/2025 10h13
Redação
Em busca de protagonismo para o estado, Governo do Amapá traça estratégias para participação na COP30, a COP da Amazônia

Com foco na participação do Amapá na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), o Governo do Estado traça estratégias para mostrar no encontro mundial as ações que geram impactos positivos na região mais preservada do Brasil.

Secretários e equipe técnica dos órgãos estaduais se reuniram no Palácio do Setentrião, em Macapá, para alinhar expectativas e soluções para o encontro, na quinta-feira, 17. O decreto 4608, de 10 de abril, institui o Conselho Político para a COP30, tendo o governador Clécio Luís como presidente; o Comitê Executivo, presidido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap); e o Comitê Técnico.

Gutemberg Vilhena, diretor-presidente da Fapeap, que compõe o Comitê Executivo do Amapá para a COP30

"O Governo do Amapá está se preparando para a COP da Amazônia. Queremos ser protagonistas das discussões, porque somos bons exemplos na preservação das nossas florestas, do clima e das pessoas que vivem aqui. Vamos buscar ter visibilidade, trazer investidores, mostrando que estamos preparados para o desenvolvimento", afirmou Gutemberg Vilhena, diretor-presidente da Fapeap.

O Amapá participará da COP30 com o objetivo de atrair investimentos sustentáveis e integrar os debates sobre mudanças climáticas e proteção dos povos tradicionais. Em parceria com a Guiana Francesa, apresentará a “Amazônia Internacional na Fronteira” e a “Amazônia Negra”, que inclui Suriname e República da Guiana. 

Consultor do ICLEI América do Sul, Hugo Salomão citou a importância da participação do Amapá nas COPs

Consultor do Iclei América do Sul na área de Internacionalização, Hugo Salomão explicou aos servidores do Estado a importância da participação do Amapá nas COPs e tirou dúvidas sobre a organização do encontro.

"É o momento do Amapá aproveitar as oportunidades e os investidores para se posicionar, posicionar suas pautas e ser protagonista, uma posição que lhe é de direito. Espero que o Governo do Amapá possa se mobilizar para uma participação bem robusta. A Amazônia tem muitas realidades e o Governo do Amapá, sem dúvida, é um dos principais atores nesse contexto", pontuou Salomão.

O Iclei - Governos Locais pela Sustentabilidade é a principal associação mundial de suporte a governos subnacionais dedicados ao desenvolvimento sustentável. A organização estimula a participação de governos nas conferências climáticas, para que apresentem as vozes de suas populações e conquistem investimentos. O envolvimento também conecta parceiros estratégicos, organismos internacionais e governos locais para implantar projetos que gerem impactos positivos.

Sergio Moreira, representante da Força Tarefa de Governadores pelo Clima (GCF)

Sergio Moreira, representante da Força Tarefa de Governadores pelo Clima (GCF), destacou o Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia do Amapá (Peas) como um dos mais ambiciosos do mundo e, por isso, a atração de investimentos é mais que adequada. Segundo o especialista, a previsão é que, daqui a 10 anos, a bioeconomia seja o motor principal da renda do estado.

"É preciso construir estratégias e o Amapá está construindo, como por meio do fortalecimento da bioeconomia, num contexto social. O que precisamos é reunir essas estratégias e apresentar da melhor forma na COP30", citou Moreira.

Rumo à COP30

O estado do Pará se prepara para receber a COP30, a ser realizada de 6 a 21 de novembro de 2025, em Belém (PA). O encontro global reúne representantes de países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), e tem como objetivo discutir questões relacionadas ao aquecimento global e às mudanças climáticas.

O evento abordará assuntos de grande relevância, como o financiamento climático, a justiça climática e a transição energética. Além de jogar luz aos principais problemas enfrentados hoje no combate à crise climática, a conferência este ano consolida o papel do Brasil nas discussões ambientais internacionais.

De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é esperado um fluxo de mais de 40 mil participantes durante os principais dias da Conferência. Deste total, aproximadamente 7 mil compõem a chamada "família COP", formada pelas equipes da ONU e delegações de países membros.