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Na Expofeira, pescadores participam de oficina sobre a pesca sustentável do camarão

O objetivo da oficina é a troca de experiências entre pescadores, atravessadores, beneficiadores, comerciantes e de organizações que apoiam a pesca do camarão.

Por Redação
03/11/2015 11h08
Teve início nesta terça-feira, 3, no Pavilhão de Negócios da 51 Expofeira do Amapá, a Oficina de Mapeamento da Cadeia de Valor do Camarão Regional, que faz parte do Projeto Pesca Sustentável na Costa Amazônica. O projeto, lançado em maio deste ano no Amapá, é uma cooperação entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e o Fundo Vale, com apoio do Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com apoio da Embrapa/AP, Sebrae/AP e Conservação Estratégica.

A ideia foi elaborada de forma colaborativa e pretende apoiar o desenvolvimento e o fortalecimento das cadeias produtivas do camarão regional, do caranguejo e dos camarões piticaia e branco, nos estados do Amapá, Pará e Maranhão.      

Segundo os envolvidos no projeto, até hoje não se tem um referencial ou política voltadas na linha de camarão regional e a atividade passa por um momento de identificação, por meio de um diagnóstico sociocultural, que aconteceu nas comunidades abrangidas pelo projeto.

“Passamos 15 dias nessas comunidades, conhecendo de perto a realidade e vida econômica e cultural dessas famílias, no que se refere à pesca de camarão. E hoje, a oficina será para mapear a cadeia, de como funciona, desde a captura do camarão até chegar ao consumidor. A gente quer entender isso de forma participativa, para poder traçar resultados e, em seguida, tentar melhorar esse comércio”, afirmou, Josi Malheiros, coordenadora do projeto no Amapá. 

Um dos objetivos da oficina é a troca de experiências e saberes entre pescadores, atravessadores, beneficiadores, comerciantes e de organizações que apoiam a pesca do camarão regional, para que, juntos, possam encontrar caminhos para maior sustentabilidade da pesca artesanal. Além de mapear a cadeia produtiva regional do crustáceo praticada pelas comunidades dos municípios de Macapá, Mazagão e Santana e do município de Curralinho, no Pará.

Aqui no Estado ainda não existe registro de quantitativos de camarão comercializados ao ano. Atualmente, o quilo do camarão comum é vendido de R$ 10 a R$ 15. Este é outro assunto que se pretende discutir com a ideia da criação de tabela de preços, para que o consumidor não seja lesado com valores absurdos, praticados por alguns atravessadores do produto.          

“Pescar camarão de maneira sustentável é de suma importância para a economia local, pois ela gera renda para essas famílias. Viemos nesta oficina buscar mais conhecimento para capacitar nossos pescadores a fazer um trabalho de maneira que nunca falte o alimento para nossa futura geração. E assim possa continuar comercializando o produto”, disse Florivaldo Rocha, presidente da Colônia Z5 do Arquipélago de Bailique, composta por 1.700 associados, dos quais 350 trabalham com a pesca de camarão.

“Eu pesco há 30 anos e agora é a primeira vez que venho em Macapá participar de uma oficina voltada ao meu trabalho. Antes de vir à cidade, nós, da comunidade de Mazagão Velho, passamos por cursos sobre a produção sustentável do camarão. Isso está sendo muito importante para mim”, afirmou a pescadora Neuracy Silva Azevedo.

A segunda turma inscrita para a Oficina de Mapeamento da Cadeia de valor do Camarão Regional vai passar pelo mesmo treinamento nesta quarta-feira, 4 de novembro a partir das 8h30, no Pavilhão de Negócios da 51ª Expofeira do Amapá.

 

51ª Expofeira

A 51ª Expofeira do Amapá é uma realização do Governo do Estado e Sebrae. O evento ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha, no período de 30 de outubro a 8 de novembro. Da área total de 120 mil metros quadrados, serão ocupados 116 mil. A concepção da 51ª Expofeira é transformá-la em feira de negócios, dando ênfase ao desenvolvimento econômico do estado. Dois eixos estarão em evidência - Produção de Alimentos e Produção Florestal.

Em 2015 o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, CAIXA, Banco da Amazônia e Sicoob CredEmpresas-AP e apoio da Associação Comercial do Amapá (ACIA), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Consórcio Equador.

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