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'Lugar de Mulher não é atrás do homem. É ao lado dele', diz aluno da Escola Família

Campanha 16 Dias de Ativismo reuniu 70 estudantes, dentre os quais, 30 meninas, que assistiram a palestra “Meninas e Meninos – quebrando paradigmas culturais

Por Alice Valena
29/11/2019 12h35

Os assuntos debatidos na roda de conversa chamaram a atenção dos amigos Francimaira Costa, de 18 anos, e Eduardo Garcia, 15 anos.

Momento de levantar a autoestima, bate-papo e descontração discutindo assuntos sérios, como empoderamento feminino e combate à violência contra a mulher. Foi assim que o Governo do Estado, através da Secretaria Extraordinária de Políticas para Mulheres (SEPM), promoveu uma ação social na Escola Família Extrativista do Carvão, no município de Mazagão.

O evento faz parte dos “16 Dias de Ativismo” e reuniu aproximadamente 70 estudantes, sendo 30 mulheres, que ouviram palestra sobre o tema “Meninas e Meninos – quebrando paradigmas culturais”.

Além da roda de conversa com os alunos e equipe técnica da escola, a tarde também foi descontraída para as meninas, com sessões de fotos e maquiagem proporcionada por uma equipe voluntária como forma de valorização da autoestima de cada uma.

Muitas moram em comunidades ribeirinhas longínquas e a única forma de estudarem é na Escola Família, onde passam dias longe da família.

Os assuntos debatidos na roda de conversa chamaram a atenção dos amigos Francimaira Costa, de 18 anos, oriunda do Rio Bacuri (ilhas do Pará), e Eduardo Garcia, 15 anos, de Mazagão Novo.

A estudante, que sonha em ser juíza, disse que as meninas precisam ser ouvidas: “Precisam nos respeitar do jeito que somos”, frisou.

Eduardo foi mais longe e contou que em sua família passou por problemas relacionados à violência contra mulher e que aprende na própria escola que homens e mulheres são iguais, sim.

“Meus professores conversam muito sobre esses assuntos com a gente. Lugar de mulher não é atrás do homem. É ao lado dele”, ensinou.

O encontro teve apoio da Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (SIMS) e do Centro em Referência em Atendimento à Mulher de Mazagão (CRAM-Mazagão). Além do momento em Mazagão, outras três programações ocorreram simultaneamente em Porto Grande, Ferreira Gomes e Macapá.

Para a gestora da SEPM e coordenadora geral dos 16 Dias de Ativismo, secretária Renata Apóstolo Santana, foi mais um momento de provocar reflexão. Em conversa com os jovens, ela esclareceu sobre a campanha, que além do Brasil é promovida em 160 países.

“Precisamos debater com esses jovens e fazê-los pensar que esse mundo de violência não é o mundo que queremos. Por isso estamos aqui”, disse.

A Escola Família Extrativista do Carvão também é atendida pelo CRAM-Mazagão uma vez por semana. Os próximos encontros debaterão sobre o projeto Namoro sem Violência.

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