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Governo e Basa assinam protocolo para fomentar desenvolvimento do Estado

Instituição tem mais de R$ 180 milhões disponíveis para aplicações

Por Redação
25/04/2016 10h49
O Governo do Amapá e o Banco da Amazônia (Basa) assinaram nesta segunda-feira, 25, um protocolo de intenções para fomentar o desenvolvimento do Estado. A assinatura ocorreu durante o Encontro de Negócios e Perspectivas para 2016, realizado no auditório do Sebrae de Macapá.

Na oportunidade, também houve a divulgação da ação financiadora do banco em 2015 e a previsão de investimentos para este ano, além da entrega de cartas de intenções de financiamento a empresários do Amapá.

O protocolo de intenções visa a integração das classes produtivas para a utilização dos valores disponíveis no Plano de Aplicação de Recursos do Basa este ano. A proposta é que haja um trabalho conjunto entre o GEA e a instituição, visando a estruturação e o fortalecimento do Estado.

 

Créditos

Nos últimos cinco anos, a instituição firmou mais de R$ 321,3 milhões em contratações de crédito de fomento no Amapá, sendo a maior parte para o setor não rural.

Para 2016, o Banco da Amazônia tem disponível para aplicar mais de R$ 180 milhões no Estado. Desse montante, R$ 169 milhões – oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) - podem ser destinados ao crédito de fomento e R$ 12,5 milhões para crédito comercial.

Também estão liberados R$ 210 milhões das fontes do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), do Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Orçamento Geral da União (OGU) para aplicações em toda a Amazônia Legal.

 

Investimentos

Para este ano, estão previstos investimentos em mais de R$ 18,9 milhões para a agricultura familiar, R$ 43,4 milhões para agropecuária, R$ 68,9 milhões para Comércio e Serviços e R$ 27,1 milhões para micro e pequenas empresas (MPE) e microempreendedor individual (MEI) do Amapá.

Outra novidade divulgada pelo presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Gonçalves de Melo, é a prioridade que o Amapá passa a ter na análise de projetos. Com o objetivo de dar celeridade aos pedidos, o Estado terá seu fluxo separado dos projetos do Pará, saindo da fila de análise dos mais de 140 municípios do Estado vizinho.

 

Parceria

De acordo com o presidente do Banco da Amazônia, a parceria e união de esforços são fundamentais para se criar soluções. O presidente destaca a Zona Franca Verde (ZFV) e a regularização fundiária no Estado como carros chefes nesse processo que deverá gerar oportunidades ao Amapá.

Para Melo, a atividade fundiária será o impulso do desenvolvimento. "Com as regularizações, temos mais de 500 mil hectares de área do cerrado que podem ser implementadas, sobretudo, com o agronegócio, gerando cadeias produtivas. Estamos em momento de dificuldade e precisamos nos unir para aplicarmos crédito, gerar emprego e renda”, explicou o presidente.

 

Logística

Melo também apontou a importância da logística do Amapá que, segundo ele, está entre as melhores do Brasil. “Por esses e outros inúmeros fatores, o banco tem esse otimismo em relação ao Estado”, comentou.

Para o governador Waldez Góes, o Banco da Amazônia sempre foi uma das instituições fundamentais no desenvolvimento da região. Porém, ele acredita que as limitações no que diz respeito à cadeia produtiva, processo de regularização fundiária e de verticalização, além de energia, durante muitos anos, geraram entraves nessa parceria. “Temos esses pontos, hoje, basicamente resolvidos ou com soluções próximas. Temos energia com qualidade para trabalhar o processo de produção no Estado. A questão fundiária que sempre foi uma limitação no Amapá, entrará em segundo estágio que é o processo de arrecadação das glebas e regularização”, detalhou.

O governador também destacou o marco regulatório da Zona Franca Verde. “Se há 10 anos tínhamos isso atravancando o processo de desenvolvimento, hoje esse é nosso grande instrumento”, argumentou.

 

Proposta

O produtor e presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado do Amapá (Aprosoja-AP), Daniel Sebben, entregou durante o evento uma carta-proposta de custeio agrícola no valor de R$ 1.550 milhão ao banco.

Conforme Sebben, o setor agrícola precisa de aportes financeiros dos bancos. “Esse é o caminho para expandirmos as áreas de lavoura e que o produtor possa, finalmente, fazer uso desses recursos para melhorar a tecnologia e produtividade”, comentou.

 

Palestra

Duas palestras também fizeram parte da programação desta segunda-feira. A primeira, “Economia e Cenário Atual”, foi ministrada pelo representante da empresa de consultoria LCA, Luís Suzigan. O superintendente regional Pará/Amapá do Basa, Pedro Paulo Busatto, falou sobre “Linhas de Crédito do Banco da Amazônia para 2016”.

O evento foi realizado pelo Banco da Amazônia, em parceria com o GEA e Federações do Comércio, da Industria, da Agricultura, Associação Comercial e Industrial do Amapá (Acia) e Sebrae.

Participaram, também, do encontro representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, secretários de Estado, comerciários, representantes de federações e sindicatos e sociedade civil.

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