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Atividades culturais e em grupos ajudam na recuperação de pacientes psiquiátricos

Os antigos manicômios foram substituídos por hospitais psiquiátricos que dispõe de atendimentos ambulatoriais e médicos.

Por Redação
25/04/2016 10h51
Preparar os pacientes com transtornos mentais para serem reinseridos no convívio social é uma das prioridades no atendimento oferecido pela Clínica Psiquiátrica do Hospital Alberto Lima (Hcal). Na estratégia de abordagens são usadas atividades lúdicas, culturais e atendimentos em grupo.

Esse molde de tratamento foi implementado ainda na reforma psiquiátrica que trouxe mudanças nas abordagens. Os antigos manicômios foram substituídos por hospitais psiquiátricos que dispõe de atendimentos ambulatoriais e médicos.

Quando um paciente com transtornos mentais busca atendimento na rede estadual de saúde, a prioridade é tirar a pessoa da crise sem que o mesmo necessite ficar internada. “O paciente se bem tratado e cuidado, medicado de forma correta, pode desempenhar um papel muito importante na sociedade. O transtorno mental é ocasionado por muitas variáveis, inclusive hereditariedade. Pode acontecer também do paciente passar por uma situação que não consegue suportar a pressão e apresenta algum tipo de transtorno. A mente adoece como qualquer outro órgão do corpo, e precisa de cuidados também”, explica Marcos Ferreira, enfermeiro chefe da Clínica Psiquiátrica do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal).

A última reforma psiquiátrica surgiu com o intuito de acabar com um problema de saúde pública estabelecido ainda na década de 40. Os manicômios, onde ficavam os pacientes, muitas vezes mal tratados, não priorizavam a recuperação da saúde mental. Hoje, os pacientes saem da crise e são preparados para voltar ao convívio em sociedade.

 

Terapias

Nas atividades culturais e em grupo, o tratamento inclui o acompanhamento de terapeutas ocupacionais e psicólogos, que juntos desenvolvem atividades como pinturas, roda de conversa e até filmes nas estratégias de atendimento. “Nossa primeira abordagem é em grupo. Trabalhamos tentando diminuir o impacto que uma internação causa ao paciente, como afastamento da família, por exemplo”, explica Mayara Souza, terapeuta ocupacional.

Ela pontua que o atendimento utilizando nessas atividades colabora para a reinserção do paciente no convívio com a sociedade.

A porta de entrada da Clínica Psiquiátrica é o Hospital de Emergências (HE). Se o paciente estiver enfrentando uma crise muito forte, a família precisa acionar o serviço de emergência ligando 190.

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