Polícia Civil instaura inquérito para apurar as causas de naufrágio no Amapá
Acidente registrado na madrugada de sábado, 29, vitimou 18 pessoas e deixou desaparecidos no sul do estado.
Investigação vai apurar as causas do naufrágio que deixou mortos e desaparecidos.
A Polícia Civil do Amapá determinou na segunda-feira, 2, a instauração de um inquérito policial para apurar as causas do naufrágio do Navio Anna Karoline III. O acidente aconteceu na madrugada de sábado, 29, no sul do estado.
Quem ficará responsável pela investigação é o delegado Victor Crispim, titular da 1ª Delegacia de Polícia, localizada em Santana, município de onde partiu a embarcação que ia em direção ao município de Santarém, no interior do Pará.
Será feita uma apuração minuciosa para colher elementos de materialidade e esclarecer se houve omissão ou ação dolosa de natureza criminal. A perícia atua para encontrar provas.
Além disso, os sobreviventes do naufrágio serão ouvidos e poderão apresentar registros, como fotos e vídeos, que serão analisadas pela polícia. O Delegado Geral conta que a medida é para elucidar o caso.
“Diante do naufrágio, tendo pessoas mortas e outras desaparecidas, determinei que todas as providências pertinentes à Polícia Judiciária Civil sejam tomadas com a finalidade de elucidar o fato em todas as suas circunstâncias”, disse.
A Polícia Civil destaca que o prazo de conclusão do inquérito depende da entrega dos laudos periciais da Polícia Técnico-Científica (Politec).
Resumo
Nesta segunda-feira (2), o Comitê de Gerenciamento de Crise do Governo do Estado do Amapá divulgou um boletim de dados com as seguintes informações:
- 46 sobreviventes foram resgatados
- 18 corpos foram encontrados
- 8 já foram transladados para a sede da Politec, em Macapá
- 3 que chegaram nesta segunda-feira já foram identificados
- O translado continuará na terça-feira, 3
Serviços
Foram montadas duas centrais de Acolhimento e Apoio: uma em Santana, no Quartel do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), e outra em Macapá, na Politec, onde os corpos chegam e devem passar identificação e liberação para funeral.
Ambos reúnem assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros.
Familiares devem ir nestes locais para passar informações que ajudem na identificação dos corpos resgatados.
O Estado também tem o apoio das prefeituras de Macapá, que disponibilizou 25 urnas funerárias para o sepultamento das vítimas, e prefeituras de Santana e Laranjal do Jari, que ajudam nas buscas e atendimento às famílias de vítimas.
Reconhecimento e translado
Os governos do Amapá e Pará definiram que todos os corpos encontrados passarão pelo processo de identificação na sede da Politec, em Macapá, por ter a estrutura mais próxima do local do naufrágio. Os corpos que forem liberados serão transladados ao local de destino.
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