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Polícia Civil instaura inquérito para apurar as causas de naufrágio no Amapá

Acidente registrado na madrugada de sábado, 29, vitimou 18 pessoas e deixou desaparecidos no sul do estado.

Por Redação
03/03/2020 13h00

Investigação vai apurar as causas do naufrágio que deixou mortos e desaparecidos.

A Polícia Civil do Amapá determinou na segunda-feira, 2, a instauração de um inquérito policial para apurar as causas do naufrágio do Navio Anna Karoline III. O acidente aconteceu na madrugada de sábado, 29, no sul do estado.

Quem ficará responsável pela investigação é o delegado Victor Crispim, titular da 1ª Delegacia de Polícia, localizada em Santana, município de onde partiu a embarcação que ia em direção ao município de Santarém, no interior do Pará.

Será feita uma apuração minuciosa para colher elementos de materialidade e esclarecer se houve omissão ou ação dolosa de natureza criminal. A perícia atua para encontrar provas.

Além disso, os sobreviventes do naufrágio serão ouvidos e poderão apresentar registros, como fotos e vídeos, que serão analisadas pela polícia. O Delegado Geral conta que a medida é para elucidar o caso.

“Diante do naufrágio, tendo pessoas mortas e outras desaparecidas, determinei que todas as providências pertinentes à Polícia Judiciária Civil sejam tomadas com a finalidade de elucidar o fato em todas as suas circunstâncias”, disse.

A Polícia Civil destaca que o prazo de conclusão do inquérito depende da entrega dos laudos periciais da Polícia Técnico-Científica (Politec).

Resumo

Nesta segunda-feira (2), o Comitê de Gerenciamento de Crise do Governo do Estado do Amapá divulgou um boletim de dados com as seguintes informações:

  • 46 sobreviventes foram resgatados
  • 18 corpos foram encontrados
  • 8 já foram transladados para a sede da Politec, em Macapá
  • 3 que chegaram nesta segunda-feira já foram identificados
  • O translado continuará na terça-feira, 3

Serviços

Foram montadas duas centrais de Acolhimento e Apoio: uma em Santana, no Quartel do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), e outra em Macapá, na Politec, onde os corpos chegam e devem passar identificação e liberação para funeral.

Ambos reúnem assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros.

Familiares devem ir nestes locais para passar informações que ajudem na identificação dos corpos resgatados.

O Estado também tem o apoio das prefeituras de Macapá, que disponibilizou 25 urnas funerárias para o sepultamento das vítimas, e prefeituras de Santana e Laranjal do Jari, que ajudam nas buscas e atendimento às famílias de vítimas.

Reconhecimento e translado

Os governos do Amapá e Pará definiram que todos os corpos encontrados passarão pelo processo de identificação na sede da Politec, em Macapá, por ter a estrutura mais próxima do local do naufrágio. Os corpos que forem liberados serão transladados ao local de destino.

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