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Hemoap promove encontro para discutir luta contra a doença falciforme

O intuito é promover a troca de informações entre os profissionais que prestam atendimento aos portadores da doença no Estado.

Por Da Redação
28/10/2015 10h03
Durante os dias 26 e 27, o Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap) realiza atividades na Escola de Administração Pública (EAP), com intuito de promover a troca de informações entre os profissionais que prestam atendimento aos portadores da doença no Estado. 
Esse intercâmbio de experiências tem como facilitadores especialistas do Ministério da Saúde (MS) e consiste em divulgar questões relativas à doença falciforme, como causas, sintomas, complicações e tratamento.
Carmem Rodrigues, técnica do MS e enfermeira do Centro Infantil Boldrini, hospital de Campinas, em São Paulo, que é referência no tratamento de câncer e doenças do sangue, lembrou que a doença não é muito difundida e quanto mais profissionais a conhecerem maior a chance do diagnóstico precoce.
"Muitos médicos acabam desconhecendo os procedimentos de urgência, e os enfermeiros não estão familiarizados com a intensidade da dor da pessoa com falciforme. O nosso principal objetivo, neste encontro, é promover a orientação para a assistência e tratamento de qualidade e debater os avanços sobre a doença, quanto ao diagnóstico, acompanhamento clinico, medicamentos, exames de controle, rotina e serviços de média e alta complexidade", explicou.
De acordo com o diretor do Hemoap, Sávio Guerreiro, a iniciativa de promover atividades relacionadas às doenças falciforme é uma maneira de oferecer aos profissionais subsídios para que prestem uma assistência adequada ao paciente. "A falciforme é uma doença que não é tão frequente, mas tem uma importância muito grande se ela for mal conduzida em termos negativo por um paciente'', observou.
Ainda de acordo com Guerreiro, em 27 de outubro é celebrado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, instituído pela Lei Federal 12.104/09. A legislação é considerada um importante passo ao incentivo a pesquisas e desenvolvimento de campanhas públicas de educação sobre a patologia, que tem como principais sintomas dores fortes nos ossos, dores articulares, atraso no crescimento, tendência a infecções, problemas pulmonares, neurológicos e renais. 
As estatísticas do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, 3.500 crianças nascem com doença falciforme e cerca de 200 mil apresentam o traço falciforme.
No Estado Amapá, 117 pessoas fazem tratamento contra a doença, conforme dados do Hemoap. A patologia, predominante na população negra, é um tipo de anemia causada por alteração genética nos glóbulos vermelhos, o que dificulta a circulação do sangue e provoca complicações em praticamente todos os órgãos do corpo.
O principal método utilizado para o diagnóstico da doença é o "teste do pezinho", que é feito nos primeiros dias de vida da criança. A outra maneira é o exame de sangue e a eletroforese de hemoglobina [exame laboratorial específico]. Tais métodos são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Medicamentos específicos, como ácido fólico e penicilina profilática, além de vacinas, estão entre as formas de tratamento mais adequadas e todas são disponibilizadas pelo SUS.
A assistência aos portadores de falciforme é realizada pelo Hemoap. Na unidade, há uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e farmacêuticos. O paciente é atendido no próprio instituto, por consulta ambulatorial previamente agendada ou durante intercorrências hemorrágicas.

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