Cuidado com idosos: medidas para fortalecer a imunidade da população acima dos 60 anos

Em tempos de pandemia, cuidados com idosos devem ser redobrados.

A Covid-19 tem gerado preocupação entre familiares, profissionais e organizações que convivem com o público acima de 60 anos de idade. Isso acontece porque, nessa faixa-etária, o sistema imunológico apresenta peculiaridades. Casos de comorbidades como hipertensão arterial e diabetes, também são mais comuns.  

Pensando nisso, a médica especialista em geriatria e gerontologia do Governo do Amapá, Thaila Picanço, traz algumas medidas para prevenir a Covid-19 e fortalecer a imunidade da população acima de 60 anos em tempos de pandemia.

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Ela aponta o isolamento social, a alimentação saudável, a prática de atividades físicas, a atenção com a higiene pessoal e a manutenção dos cuidados de saúde como os pricipais fatores de prevenção.

“Os idosos têm uma predisposição maior  para desencadear a Covid-19 de maneira mais grave. Por isso é importante que familiares e cuidadores estejam atentos ao comportamento dos mais velhos e ajudem a colocar em prática as medidas preventivas”, explica a geriatra.

Isolamento social

Ainda não há uma vacina para prevenir a Covid-19. A melhor maneira de evitar o contágio é não se expor ao vírus. Para isso, o mais indicado é a restrição do contato social. Os idosos devem ficar em casa e evitar ao máximo contato com outras pessoas, em especial com jovens e crianças que podem estar infectados, mas não apresentar sintomas.

Manter uma alimentação saudável

Deve-se investir em uma alimentação balanceada para fortalecer o sistema imunológico, com horários das refeições definidos e regulares.

Recomenda-se o consumo de alimentos equilibrados e variados, que tenham micronutrientes e vitaminas diversas, como verduras, grãos, frutas e legumes, proteínas como carnes, ovos, leites e derivados.

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Orienta-se, ainda, evitar alimentos processados e com alto teor de gordura. Além disso, é necessário manter os idosos sempre hidratados com a ingestão mínima de dois litros de água por dia.

Fazer atividades físicas

Os idosos precisam se exercitar no período de quarentena, de acordo com sua condição física, mesmo que seja o mínimo possível.

Quem não estava acostumado à prática pode fazer atividades simples e, para quem já tinha uma rotina de atividades físicas antes da pandemia, deve continuar treinando de forma equilibrada e adaptada ao ambiente de sua residência, com acompanhamento apropriado, para não perder o ritmo.

Atentar para os cuidados de higiene pessoal e do ambiente

É importante lavar as mãos corretamente e com frequência, limpar com álcool gel todos os utensílios pessoais do idoso e garantir que apenas ele tenha acesso a esses objetos já higienizados. Todas as pessoas próximas também devem manter os cuidados de higiene e evitar apertos de mão, abraços ou beijos.

Qualquer familiar ou cuidador que apresente sintomas de gripe ou resfriado deve ser imediatamente afastado do convívio com o idoso.

Recomenda-se manter o ambiente ventilado, abrir as janelas e cortinas deve fazer parte da rotina na residência.

Manter os cuidados gerais de saúde

O idoso deve estar com todas as vacinas em dia. No entanto, as mais importantes neste momento são a da Influenza (gripe) e a antipneumocócica. Elas protegem o indivíduo de processos respiratórios que possam facilitar a infecção pelo novo coronavírus ou o agravamento da doença. Em março, o Amapá foi o primeiro estado do país a cumprir a meta de 90% de cobertura vacinal contra a gripe em idosos a partir de 60 anos.

É importante manter exposição moderada ao sol, para a produção de vitamina D. Os idosos que fazem uso contínuo de medicamentos para tratar doenças crônicas devem manter seu tratamento neste período de preferência por meio de contato telefônico ou chamadas por vídeo.

Manter-se ativo nesse período de isolamento social é de suma importância para a saúde física, mental e emocional. Ficar muito tempo sentado ou deitado pode causar hipotensão postural e aumentar o risco de quedas entre os idosos.

Além disso, a imobilidade pode diminuir a circulação sanguínea periférica, levando a prejuízos na força muscular e na funcionalidade do idoso. 

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