Governo do Amapá atendeu mais de 70 pessoas em situação de rua durante a pandemia no estado
Hotel foi alugado e ofertou uma série de serviços. Paulo Roberto conta como foi é o dia a dia de atendimento no local.
Para Paulo Lima, o abrigo foi o lugar onde encontrou proteção,atenção e dignidade.
O Governo do Amapá lançou no mês de março, com consolidação em abril, uma medida para abrigar durante três meses pessoas em situação de rua com intuito de prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus. A iniciativa foi coordenada pelo Estado e Prefeitura de Macapá.
Com a efetivação das ações, um hotel foi alugado e foram hospedadas cerca de 70 pessoas. No local, foram ofertados serviços como alimentação, distribuição de kits de higiene e atendimentos de saúde e psicológico.
Em meio a tantas histórias, encontramos no hotel Paulo Roberto Lima, de 59 anos, pescador, amapaense de nascimento, mas morador do estado do Pará. Ele voltou para sua terra natal no mês de janeiro, em busca de um emprego e iria morar em casa de parentes, mas eles já não estavam mais no estado e o pescador ficou sem ter onde residir.
Chegada
“Eu praticamente sou sozinho e como as coisas estavam muito difíceis em Belém, eu resolvi tentar a sorte no Amapá. Aqui tinha uns parentes, mas eles tiveram que ir embora, isso antes da pandemia, e eu não sabia e fiquei sem um local para morar e fui obrigado ir para a rua. Já estava há quase dois meses na rua, em praças e outros lugares. Foi quando me falaram que tinha um atendimento para pessoas de rua”, contou Paulo Roberto.
Atendimento
“Quando cheguei aqui no hotel fui muito bem recebido. Eles me deram um quarto, uma cama com colchão bom, lençol limpo, banheiro para tomar um bom banho, kit para higiene pessoal e uma excelente alimentação com café, almoço e janta. Eu só tenho a agradecer e sei que foi um verdadeiro trabalho humanitário”, destacou Paulo.
Rotina
“Pela manhã bem cedo a gente já tem o café, até às 8h30. Em seguida a gente pode sair ou mesmo pode ficar no quarto. Aí ao meio dia a gente tem o almoço e depois podemos descansar ou mesmo dá uma volta, porque é complicado ficar 24 horas no apartamento. Aqui também podemos assistir filme e televisão, algo bom. No início da noite tem a janta, mas todos têm horário para entrar, até às 17h, se não chegar até naquela hora, a gente não pode mais entrar, é a regra”, falou o senhor.
Esperança
“Nossa expectativa é que tudo possa mudar para todos nós, que possamos sair dessa situação que não é digna para o ser humano. Morar na rua é muito difícil e as vezes desesperador", contou.
"Aqui ganhamos dignidade, atenção e somos muito bem tratados. Só temos a agradecer a todas as pessoas e, especialmente, a Deus, pelo atendimento que nos deram”, finalizou emocionado Paulo Roberto Lima.
Os trabalhos foram uma força tarefa entre Governo do Amapá, através da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims) e Prefeitura de Macapá. O governo repassou, através de convênio para o município, mais de R$ 430 mil, para despesas com hotel, alimentação, higienização e EPIs; além de disponibilizar apoio técnico com assistentes sociais.
Com o encerramento da programação, no próximo dia 28, as pessoas que foram atendidas na ação serão incluídas no aluguel social, de responsabilidade da gestão municipal.
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