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Educação para a Paz: em 2020, mais de 2 mil pessoas da comunidade escolar foram impactadas pelo programa

Projeto se adaptou à realidade da pandemia de covid-19 e sensibilizou a comunidade escolar sobre temas como cyber bullying e racismo.

Por Redação
06/01/2021 10h30

O programa foi criado por meio de projeto de Lei Estadual nº 2.282/2017.

O Educação para a Paz (Epaz) finalizou mais um ano com grandes conquistas no cenário escolar amapaense. Em 2020, o programa se adaptou à realidade da pandemia de covid-19 e realizou mais de 70 ações que impactaram 2.181 pessoas da comunidade escolar, principalmente professores e alunos. Eles foram sensibilizados sobre temas como bullying, racismo, tolerância e valorização da vida.

O programa busca educar para a prevenção da violência, contribuir para melhorar os índices educacionais, além de fortalecer o currículo escolar, a gestão democrática e o processo de ensino-aprendizagem.

Trata-se de um dos principais projetos desenvolvidos pela Secretaria de estado da Educação (Seed). Ele é destinado ao atendimento da comunidade escolar, incluindo gestores, professores, estudantes, pais e demais membros de 396 escolas da rede estadual. Em 2018, o programa também foi estendido às escolas da rede municipal, através do regime de colaboração.

De janeiro a março, as atividades seguiram presencialmente nas escolas com atendimento e soluções de demandas. Com o surgimento da pandemia de covid-19, as equipes do programa tiveram de se adaptar, redimensionando suas ações de acordo com a nova realidade, conforme explicou a coordenadora do programa, Maria Dioceles Sousa.

“Inicialmente buscamos conhecer as tecnologias, participamos de treinamentos e oportunizando a troca de conhecimentos entre a equipe de trabalho. Dessa forma, alcançamos o conhecimento básico necessário para dar continuidade, remotamente, às atividades de capacitação, rodadas de conversa, estudos, atendimentos e encaminhamentos. Não deixamos de realizar os atendimentos da clientela escolar”, contou.

Capacitação de servidores

Ao longo do ano, muitos servidores foram capacitados a trabalharem a paz no ambiente escolar. Dois cursos de Práticas Restaurativas atenderam 122 servidores da educação. Outros dois cursos de aprofundamento garantiram 147 formadores e 3 oficinas que atenderam a 129 funcionários da educação e servidores das entidades parceiras do Programa de Educação para a paz.

Entre as ações realizadas pelo projeto, estão dez reuniões de estudo com o grupo de coordenação e convidados que trabalharam temas como: bullying, autoconhecimento, vulnerabilidade, crescimento pessoal, amizade, simplicidade, humildade, tolerância, serenidade, comunicação não violenta, pertencimento e valorização da vida.

“Essas ações nos ajudaram a continuar a desenvolvendo um trabalho de cultura de paz em tempos de pandemia para atender a necessidade da comunidade escolar, pois, nesse ano os alunos vivenciaram sua vida escolar em casa e com isso surgiram dúvidas, angústias, medos e, ao mesmo tempo, a criação, a reinvenção, o redimensionamento de muitas questões da escola e da vida”, comentou a coordenadora do Epaz.

Monitoramento pós intervenção

Com a pandemia da Covid-19, dados das escolas ficaram comprometidos, tendo em vista a suspensão das atividades presenciais. Segundo a coordenadora, o monitoramento e acompanhamento quanto a ação desenvolvida e a continuidade do diálogo com os entes escolares seguem acontecendo por meio de relatos dos pais.

“A pandemia nos trouxe uma nova forma de mensurar as violências no ambiente escolar: através do relato dos pais. De forma remota, em ocasião das rodas de conversa realizadas pelos professores e formadores do Epaz, ou ainda pela mídia, as famílias foram fundamentais nesse processo”, disse Dioceles.

Crises identificadas

A suspensão das aulas fez com que todos os estudantes passassem a continuar os estudos por meio remoto ou com auxilio pedagógico de atividades impressas. Após acompanhamento da equipe do Epaz, que contou com apoio dos pais e responsáveis, foram identificados alguns tipos de violência como:  cyber bullying, injúria racial, depressão, além das crises de ansiedade apresentadas por alunos e professores.

Nos casos de bullying, cyber bullying, injúria racial, racismo, após serem tomados as providências necessárias pelo corpo técnico pedagógico das escolas, rodadas de conversa ou círculos restaurativos, foram realizados com estudantes e seus responsáveis. Quanto aos casos de depressão e crises de ansiedade, 18 casos foram encaminhados ao serviço especializados do Centro de Valorização da Educação (Cveduc).

Respostas das escolas

Para a coordenação do Epaz, de modo geral, as escolas deram um retorno positivo quanto aàs ações apontando para a redução de situações de conflitos no ambiente escolar. Ainda segundo eles, o programa é inovador e está intrinsecamente relacionado à prevenção e à resolução não-violenta de conflitos.

“Esse programa aponta caminhos possíveis para a vivência coletiva onde a solidariedade, a tolerância, a amorosidade e tantos outros princípios podem ser aplicados concretamente em ações educativas que apontem para uma relação interpessoal da cultura de paz cada vez mais fortalecida na escola e na vida”, finalizou a coordenadora do programa, Maria Dioceles.

Comparativo com 2019

Em 2019, 1.866 gestores, professores e alunos receberam formações o que, segundo a coordenação do programa, possibilitou que 311 escolas fossem alcançadas em Macapá, e outras 24 em regime de colaboração com o Estado.

Ainda em 2019, 15 municípios foram contemplados com alguma escola que recebeu o programa Epaz, a exceção foi Tartarugalzinho. Com isso, foram registrados ao final daquele ano 290 monitoramentos de situações de violência nas escolas.

Já no ano de 2020, seis ações com cursos de formação continuada fomentaram a participação ainda mais ativa do programa nas escolas. Os formadores passaram a acompanhar mais de perto professores, alunos e familiares com práticas restaurativas.

Incluindo atendimentos, formações e soluções de conflitos, o programa atendeu em 2020, 2.181 pessoas entre professores, gestores, técnicos, alunos, familiares.

“É uma avaliação muito positiva de nossas ações se levarmos em consideração o ano pandêmico que enfrentamos. Todos os esforços foram realizados para que a gente conseguisse atender a todas as escolas. Até aqui, tivemos êxito”, finalizou Dioceles.

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