Projeto quer transformar internos do Iapen em atletas e árbitros de tênis de mesa

O projeto, lançado nesta terça-feira, 31, é uma medida ressocializadora que beneficia diretamente 40 internos do regime fechado, através de uma programação que inclui curso de arbitragem, aulas práticas do esporte e também a fabricação de raquetes dentro do instituto.

Segundo o presidente da Federação Amapaense de Tênis de Mesa, Alan Cardoso, o projeto vem justamente fortalecer a modalidade no Estado, descobrir talentos e trabalhar o lado emocional e psicológico dos internos.

“Implantar este esporte que, cresce cada vez mais no estado, no Iapen sempre foi uma vontade nossa porque ele desperta a percepção, a concentração e a agilidade de quem o pratica. Com certeza o projeto terá resultados significativos na ressocialização dos internos”, declarou.

A juíza substituta da Vara de Execuções Penais, Fabiana de Oliveira, destacou os esforços das instituições para promover o projeto no sentido de garantir outros benefícios para os reeducandos, como a redução de pena.

“Uma portaria será emitida para oficializar esse benefício. O interno que participará será avaliado pela equipe técnica e, a partir do bom comportamento, do esforço e do resultado nas aulas, receberá a redução que será definida a cada dia trabalhado”, explicou a magistrada.

O coordenador de tratamento penal do Iapen, José Antônio Nunes, enfatizou que este projeto reforça a importância da inclusão do esporte na penitenciária. “Realizamos atualmente os jogos olímpicos que envolvem diversas modalidades como futebol, vôlei, xadrez e agora teremos o tênis de mesa. Tudo isso é uma forma de ressocializar o reeducando, sem que este fique ocioso no ambiente prisional”, reforçou.

Capacitação
Os 40 reeducandos selecionados no projeto serão divididos em duas turmas. As aulas práticas e o curso de arbitragem serão realizados por uma equipe técnica da Federação, que contará com o cubano Pavel Oxamendi, técnico da seleção amapaense da modalidade.

Fabricação de raquetes
A fabricação destes equipamentos será na segunda fase do projeto e ocorrerá dentro do Iapen. A composição das peças utilizará madeiras da região e a distribuição será feita para escolas públicas que receberão os polos de tênis de mesa.

“Já havíamos feito testes com as raquetes produzidas aqui no Estado. Elas foram avaliadas pela Federação Brasileira e corresponderam aos padrões internacionais. Acreditamos que os resultados serão positivos para todos os órgãos envolvidos”, disse o presidente da federação amapaense da modalidade, Alan Cardoso.

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