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Governo do Amapá vai oferecer novo dispositivo de proteção para vítimas de violência doméstica

Em caso de aproximação do agressor, botão do pânico tipo smartphone vai possibilitar que a vítima acione a polícia e colete provas, como fotos áudios e videos.

Por Redação
19/05/2021 13h14

O botão do pânico funciona em um smartphone que será entregue para as vítimas de violência doméstica.O botão do pânico funciona em um smartphone que será entregue para as vítimas de violência doméstica.

O Governo do Amapá está modernizando o serviço de monitoramento eletrônico do sistema prisional com o uso do botão do pânico tipo smartphone, um dispositivo de proteção preventiva que dará mais segurança para as vítimas de violência doméstica ou familiar que tenha medida protetiva contra o agressor. A nova ferramenta foi apresentada nesta quarta-feira, 19, na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). 

O botão do pânico funciona em um smartphone que será entregue para as vítimas de violência doméstica - sejam mulheres, idosos, crianças, adolescentes, enfermos ou deficientes. Trata-se de um aparelho que funciona 24h e é interligado diretamente ao sistema de monitoramento dos equipamentos  com o objetivo de repassar todas as informações em caso de descumprimento de medidas impostas pelo Poder Judiciário ao agressor.

O aparelho permite gravar áudios, vídeos e utilizar o chat pelo sistema de monitoramento, possibilitando a coleta de provas que poderão ser utilizadas pelo sistema judicial e determinar, por exemplo, se foi o agressor que se aproximou da vítima ou se foi a vítima que se aproximou do agressor. O aparelho utiliza um sistema operacional específico, que não permite a instalação de nem um aplicativo, como whatsapp e facebook e é bloqueado para realizar ou receber ligações, a não ser para números previamente cadastrados, como o 190, da Polícia Militar. 

A Sejusp já fechou contrato com uma empresa para licitar, inicialmente, 400 equipamentos do tipo. Assim, o Amapá passará a ser o segundo da estado da federação a usar este tipo de equipamento. O botão do pânico é desenvolvido pela mesma empresa responsável pelas tornozeleiras eletrônicas.

O secretário da Sejusp, coronel Carlos Souza, explicou que o Estado tem a preocupação de garantir a atenção às vítimas que sofrem violência doméstica e que precisam de atendimento. 

“Através deste novo dispositivo, o próprio sistema emite sinais de alerta ao perceber a aproximação do agressor. Com isso, a central de monitoramento poderá iniciar o atendimento a essa vítima, assim como ela também pode entrar em contato através de mensagens, vídeos e até mesmo fotos sobre a real situação. Importante destacar que esses mecanismos poderão ajudar ao Judiciário futuramente nas decisões a serem tomadas no caso de descumprimento deste agressor”, pontou o secretário.

Monitoramento

O sistema de monitoramento do dispositivo será executado pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) que já atua monitorando as tornozeleiras eletrônicas. O diretor-presidente do Iapen, Lucivaldo Costa, ressaltou que se trata de mais uma ferramenta importante para o combate à violência.

“O Iapen será o responsável por este monitoramento. Se perceber o sinal de alerta, repassa essa informação para os demais agentes de segurança pública, exemplo, a Polícia Militar, que deverá prosseguir com a ação efetiva e repressiva. É claro que podemos também realizar esta ação, já que temos uma equipe que faz essa abordagem ao preso que descumpre as medidas judiciais imposta para o uso de tornozeleira, ou seja, será um trabalho integrado visando combater a violência doméstica”, destacou o diretor.

Para a juíza titular do Juizado de Violência Doméstica do município de Santana, Michele Farias, trata-se de um grande avanço, de uma grande vitória para a segurança pública do Amapá. 

“É um dispositivo que vai dar segurança para a vítima de violência que tem medida protetiva e vai permitir que a gente previna casos de violência e, além disso, de acordo com as funcionalidades que este dispositivo apresenta, o judiciário vai poder ter provas para punir esse agressor futuramente, em caso de violação”, frisou a magistrada.

Patrulha Maria da Penha

O secretário Carlos Souza, falou ainda sobre a implantação da patrulha Maria da Penha, equipe de policiamento especializada que será responsável pelo atendimento exclusivo para vítimas de violência doméstica e que deve ser lançada ainda este ano.

“Será uma equipe treinada para realizar este tipo de atendimento, que prestará toda atenção atravéss de visitas, de acompanhamento e de atendimento em caso de solicitação por parte desta vítima. Estamos trabalhando para implementar este tipo de policiamento que terá inclusive viatura personalizada. A ideia é ativar este tipo de serviço já na região metropolitana e expandir para os demais municípios posteriormente”, ressaltou.

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