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Vacina antirrábica: Amapá apresenta baixa cobertura vacinal nos últimos dois anos

Boletim da SVS traz dados sobre cobertura vacinal de animais no estado. Treze municípios não cumpriram a meta.

Por Redação
24/06/2021 11h33

Estado também realiza vacinação quando não há equipes nos municípios.

Um boletim epidemiológico divulgado esta semana pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) apresenta dados sobre as campanhas de vacinação antirrábica nos anos de 2019 e 2020. De acordo com dados do boletim, o Amapá não conseguiu atingir a meta nesse período. Em 2019 o estado teve 52,03% da cobertura e em 2020 ficou em 39,50%.

Apesar de não registrar casos de raiva em humanos há quase três décadas, o Amapa ficou bem abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) que é de 80%. Os técnicos Unidade de Controle de Zoonoses (UCZ/SVS) avaliam que a pandemia de covid-19 é um dos principais fatores para a baixa cobertura.

A raiva é uma doença grave transmitida ao ser humano pela saliva de animais infectados, especialmente pela mordedura de cães e gatos, mas também através de arranhaduras ou lambeduras. A letalidade da doença é altíssima. Acontece em quase 100% dos casos.

Um dos motivos determinantes para o não cumprimento da meta, na visão dos técnicos, é a pandemia de covid-19, que limitou o acesso de equipes de saúde às residências, bem como impediu campanhas massivas de vacinação que aglomeram grande público. Mas este não é o único fator.

As vacinas antirrábicas são distribuídas gratuitamente pelo SUS aos Estados que, por sua vez, realizam a entrega aos municípios que são os responsáveis por executarem as campanhas de vacinação. No entanto, para isso, é necessário que o município tenha em seu quadro profissional ao menos um médico veterinário. Quando isto não ocorre - que é o caso em oitos municípios do Amapá - o estado tem que assumir, em parceria com o corpo técnico disponível nestas prefeituras, a execução da vacinação. 

 

Macapá e Santana abaixo da meta

Macapá possui a maior população de cães e gatos do estado, cerca de 60%. Em 2018, mesmo que abaixo do ideal, a capital conseguiu vacinar 64,74% de cães e gatos. Mas estes números caíram bastante nos últimos dois anos. Em 2019 ficou em 13,06% e em 2020 caiu ainda mais, apenas 8,62%. 

Em Santana, que tem a segunda maior população de cães do Amapá, o número é ainda pior. Em 2019, não houve nenhuma campanha de vacinação e em 2020 houve apenas 4,21% de cobertura vacinal.

 

Outros municípios 

Cutias do Araguari, Itaubal do Piririm, Calçoene, Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari, Pracuuba, Mazagão e Porto Grande, são os oito municípios que não possuem médicos veterinários em seus quadros. Neste caso, figura como exemplo positivo, Serra do Navio. Em 2019 apresentou 94,50% da cobertura. Em 2020 foram 81,17%. Ambas acima da meta. Também cumpriram as metas Cutias do Araguari e Pedra Branca do Amapari. 

Contrastando com estes municípios, em Calçoene 42% de cobertura foi atingida em 2019 e não houve campanha de vacinação em 2020. 

Sobre isto, como exemplo, os técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), escreveram em seu relatório.

“O município sempre teve historicamente excelentes metas de vacinação, mas nos últimos dois anos não realizaram a campanha de vacinação antirrábica (apenas na zona rural em 2019), comprometendo toda a cobertura alcançada nos últimos anos. Portanto, é imprescindível a realização da campanha de vacinação antirrábica animal nas zonas rural e urbana em 2021”, destaca o relatório.

O relatório também aponta que o método de vacinação de casa em casa, que tem que ser adotado em comunidades rurais, dificulta o trabalho e aponta a necessidade de engajamento maior dos municípios.

“No geral, as zonas rurais onde existem comunidades ribeirinhas, geralmente apresentam baixa cobertura vacinal, influenciando diretamente no percentual final da programação pré-estabelecida, isso ocorre através das dificuldades de acesso que exigem logísticas e equipamentos adequados por parte dos municípios para deslocamento até essas moradias. Ao avaliarmos o número da meta alcançada em 2019  e 2020, verificamos que tivemos uma diminuição do alcance em 13 dos 16 municípios do Amapá, demonstrando a necessidade de uma atenção especial da gestão municipal em relação ao controle desta doença, principalmente devido à sua gravidade”, conclui o relatório.

Para ter acesso ao boletim na íntegra, clique aqui

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