Sequenciamento genético não detecta variante delta no Amapá
Resultados de amostras analisadas pela Fiocruz foram divulgados na quinta, 15, e apontam a presença de outras cepas de interesse no estado.
A variante delta do coronavírus não foi encontrada entre amostras que o Governo do Amapá enviou para sequenciamento genético feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os resultados dos exames foram divulgados na quinta-feira, 15.
A cepa é, atualmente, a que mais preocupa autoridades sanitárias pelo mundo, especialmente em países europeus. No Brasil, já foram registrados 27 casos da variante em sete estados.
Fora da Europa, países como Israel readotaram medidas de proteção e isolamento, mesmo com mais de 60% da população vacinada. No entanto, as vacinas mais utilizadas em todo o mundo, como as que estão sendo aplicadas no Amapá e no Brasil, demonstram eficácia também contra a delta.
Variantes encontradas no Amapá
O sequenciamento genômico constatou o aparecimento de três tipos de variantes da coronavírus no Amapá. São elas: P.1, P.2 e N.9.
A variante P.1, notificada pela primeira vez no estado do Amazonas, teve seu primeiro caso confirmado no Amapá no mês de março de 2021. Conhecida como "Gama (501Y.V3)”, ela já circula em todo território nacional e apareceu em 45 amostras neste montante de exames recebidos.
A variante P.2 (VOI) foi encontrada em 49 amostras e a variante N.9 foi encontrada em uma amostra.
As duas ultimas variantes encontradas (P.2 e N9), ainda não são consideradas de altíssimo risco, mas, requerem atenção e passam por estudos para avaliar o seu grau de transmissibilidade e a forma como atacam a saúde humana.
Informações coletadas no site oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS) colocam as variantes P.2 e N.9 como consideradas de "interesse", ou seja, estão sendo estudadas para saber se suas alterações podem ter ou não significância para a saúde pública global a mais do que as primeiras variantes do início da pandemia. Embora seja o primeiro caso registrado no Amapá, a variante N.9 já apareceu em todas as regiões do Brasil.
O Laboratório Central do Amapá (Lacen) envia periodicamente para a Fiocruz amostras coletadas no estado para análise.
"Estamos atentos para o aparecimento ou não de novas formas e variantes do vírus, nossa atenção é sempre redobrada para os novos casos. Até agora, conseguimos ter segurança sobre elas e estamos seguindo as instruções da OMS", disse o superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia.
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