“Eu percebi que não estava sozinha”, diz mulher acolhida do CRAM Macapá, que comemora 13 anos

São 13 anos de acolhimento à mulher em Macapá

“Eu percebi que não estava sozinha”. Com essas palavras que a autônoma R.S., de 36 anos, agradeceu pelo atendimento que vem recebendo a quase um ano no Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram Macapá Bem-Me-Quer), que completa 13 anos de existência no combate e prevenção à violência doméstica.

O órgão, do Governo do Estado do Amapá, é coordenado pela Secretaria Extraordinária de Política para Mulheres (Sepm).

R.S. sofreu diversas formas de violência por parte do ex-marido, inclusive quando se recuperava de um câncer, foi quando soube do trabalho do Cram Macapá Bem-Me-Quer, que é focado em tirar a mulher o mais rápido possível do ciclo de violência.

“Estou tendo todo o apoio psicológico para que eu consiga passar por tudo isso com mais dignidade e perceber que não sou culpada das agressões. Eu sou a vítima”, enfatizou R.S.

O Cram Macapá Bem-Me-Quer oferece serviços às mulheres vítimas de violência nas áreas de serviço social, atendimento psicológico, assessoria jurídica, fisioterapia, enfermagem, além de apoio em ações pedagógicas.

Todas perpassam por oficinas terapêuticas, identificação dos problema individualmente, técnicas de reabilitação e relaxamento, ações voltadas à saúde, além da orientação nas demandas judiciais, caso necessário.

Por mês passam pelo Cram Macapá Bem-Me-Quer aproximadamente 50 mulheres em busca de acolhimento e outros atendimentos. É importante ressaltar que algumas mulheres são atendidas, mas nem sempre passam ou necessitam dos serviços específicos.

Para a coordenadora do Cram Macapá Bem-Me-Quer, Núbia Gonçalves, o dia foi especialmente voltado para as acolhidas.

"Elas que recebem o nosso apoio e auxílio diariamente, por isso a importância do diálogo para que se sintam fortalecidas a deixarem o círculo de violência doméstica”, comentou.

Na sexta-feira, 23, a equipe do Cram Macapá Bem-Me-Quer continuará com a programação, quando vai realizar uma blitz educativa em frente ao prédio do órgão, na Rua São José, 1500, bairro Central.

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