Maternidade oferece atendimento prioritário para vítimas de violência sexual

O Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) tem registrado aumento no número de mulheres vítimas de violência sexual. De acordo com dados estatísticos do hospital, no primeiro quadrimestre deste ano, já foram atendidas 21 vítimas. No ano passado, os registros totalizaram o acolhimento de 60 mulheres. Comparando o primeiro quadrimestre dos dois anos, houve um aumento de 3% no número desse atendimento especializado.  

As vítimas que chegam ao hospital dispõem de atendimento prioritário. Após serem atendidas por psicólogos, as mulheres são encaminhadas para uma avaliação médica, exames e aplicação de medicações. A partir desses primeiros procedimentos, a vítima passa a realizar acompanhamento ambulatorial e acompanhamento psicossocial.

“Muitos atendimentos que fazemos são em menores de idade que, na maioria das vezes, foram violentadas por familiares. Essas mulheres chegam aqui com o psicológico fraco e o nosso trabalho é ajudar”, relatou Cleide Batista, gerente do serviço de psicossocial do hospital.

O fluxo de atendimento dos casos de violência sexual funciona da seguinte forma: mulheres entre 13 a 17 anos deverão ser encaminhadas imediatamente ao Hospital da Mulher Mãe Luzia para os devidos procedimentos hospitalares. O hospital obrigatoriamente deverá notificar o Conselho Tutelar para as devidas providências legais. De 0 a 12 anos, tanto feminino quanto masculino, deverão ser encaminhados diretamente ao Pronto Atendimento da Infantil (PAI).

Caso a vítima não registre a ocorrência assim que for abusada, e depois descobrir que está grávida, terá direito a realizar o aborto legal previsto no Código Penal, através do decreto Lei nº 2.848 de 7 de Dezembro de 1940.

Para essa prática amparada por lei, a Maternidade dispõe dos seguintes procedimentos: da Aspiração Manual Intrauterina (Amiu) realizado com seringas e da Curetagem Uterina, usada em abortamentos e retirada dos restos placentários.