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Governo e Ministério da Saúde investigam dados laboratoriais para traçar estratégias de enfrentamento a surto de síndromes gripais

Informações coletadas abrangem o início do surto, no mês de março. Casos graves aumentaram 108% em comparação a 2022.

Por Redação
17/05/2023 00h00

O Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (Lacen) recebeu na terça-feira, 16, uma equipe do Ministério da Saúde para fazer o levantamento de todos os dados laboratoriais de crianças internadas com síndrome gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

São essas informações, compartilhadas com técnicos do programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS), que ajudarão a descobrir o que causou o súbito aumento de doenças respiratórias em crianças no estado.

Os dados que estão sendo levantados abrangem o início do surto, no mês de março. Desde janeiro, os registros de síndromes gripais aumentaram 53,11% em relação a 2022. Já os casos mais graves tiveram aumento de 108% entre janeiro e a primeira semana de maio, em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Com as informações que vamos fornecer, o EpiSUS vai poder verificar se a criança foi internada por Covid, Influenza A ou B, sincicial respiratório ou outros tipos de vírus. São informações importantes para fazer uma investigação correta sobre os casos e ter um diagnóstico do ponto de vista da vigilância laboratorial”, destacou a diretora do Lacen, Lindomar dos Anjos.

A análise permite ao Ministério da Saúde a emissão de orientações e recomendações com relação ao diagnóstico situacional do surto de doenças respiratórias no estado.

No último sábado, 13, o Governo do Amapá decretou , com a adoção de estratégias imediatas para contenção dos casos, como a ampliação dos leitos nos hospitais para atendimento das crianças e, em conjunto com os municípios, a ampliação da cobertura vacinal.

Boletim

Dados da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) atualizados na terça-feira, 16, apontam aumento do número de internações, que passou de 199 para 257, sendo 206 leitos clínicos e 51 nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs).

No Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI), principais portas de atendimento, são 155 leitos clínicos. Desses, 92 estão ocupados por pacientes com síndrome respiratória e outros 32 ocupam leitos de UTI.

A faixa etária mais afetada pelo surto está entre as crianças de 0 meses a 4 anos, com 187 casos registrados, seguido de 22 casos, de 5 a 11 anos, 1 caso de 12 a 17 anos e 4 casos em adultos. Em relação ao número de vítimas, foram registrados óbitos de 6 crianças, sendo 3 neste período de surto.