"Nosso objetivo é ter o Amapá livre de aftosa, sem vacinação", diz governador durante lançamento da campanha de vacinação contra a doença

O evento ocorreu em uma fazenda em Porto Grande e contou com a participação de autoridades do setor e produtores.

Há 22 anos sem registrar casos de febre aftosa, o Governo do Estado do Amapá estabeleceu como meta para 2023 alcançar o status de 'livre da aftosa sem vacinação'. Para isso, o governo avança na imunização do rebanho amapaense e, nesta sexta-feira, 1º, lançou a campanha de Vacinação Contra a Aftosa 2021.

O evento ocorreu em uma fazenda em Porto Grande e contou com a participação de autoridades do setor e produtores.

Os pecuaristas terão até o dia 30 de novembro para imunizar o rebanho. De acordo com o governador do Amapá, Waldez Góes, a vacinação é uma das estratégias para avançar no setor com a erradicação da doença, um compromisso do Governo para o fortalecimento da produção rural amapaense.

"Não basta produzir, se não estivermos dentro dos padrões exigidos para consumo. Nosso objetivo em 2023 é ter o estado livre de aftosa, sem vacinação, esta é a meta estabelecida pelo Governo do Estado pactuado com as prefeituras, pecuaristas e Ministério da Agricultura e para isso contamos com o engajamento dos produtores na imunização do rebanho", disse o governador durante o lançamento da campanha.

Mudança de Classificação

Atualmente o estado possui a Certificação de 'Livre de Aftosa com vacinação', com um rebanho aproximado de 336 mil cabeças de gado. Desses, 285 mil são búfalos, o que torna o Amapá, o segundo maior criador de bubalinos do país, ficando atrás apenas do Pará.

Com a mudança de classificação na certificação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para Livre de Aftosa com a vacinação, será possível a exportação da carne produzida no Amapá, ampliando a comercialização para outros países.

Essa conquista, fornecerá o reconhecimento do alto padrão sanitário da produção pecuária amapaense e ampliará a projeção do estado no mercado internacional, um sonho do produtor Vinicius Reis, que pratica a pecuária há quatro anos no Amapá e já iniciou a imunização do rebanho para garantir a sanidade dos animais.

"Uma campanha de suma importância para garantir a sanidade do animal e, assim, entregarmos um produto de qualidade, uma proteína animal que o consumidor terá certeza que segue os padrões de certificações e assim conseguirmos atingir o status para liberação da comercialização no mercado internacional", afirmou o produtor.

Em 2020, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de covid-19, a campanha alcançou 95,9% do rebanho.

Presente no lançamento da campanha, o Superintendente Federal de Agricultura no Amapá, Victor Costa, reafirmou o compromisso com o Governo do Estado, e investimentos na ordem de R$ 1 milhão.

"Teremos um convênio de R$ 1 milhão para custeio da Diagro, que será destinado para melhorar a frota, estrutura para os servidores. O Ministério está à disposição para contribuir com o desenvolvimento do Amapá", disse Costa.

Febre Aftosa

É uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida de úlceras na boca e nos pés principalmente de bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. A contaminação ocorre pelo contato entre animais, objetos e veículos contaminados.

Raramente é fatal, sendo maiores os prejuízos comerciais à pecuária, em razão das restrições à circulação da produção. O último registro de febre aftosa no Brasil foi em 2016, sendo todo o território nacional reconhecido internacionalmente, a partir de 2018, como livre da doença.

Investimentos

Na ocasião, o chefe do Executivo Estadual também anunciou mais investimentos para o município de Porto Grande. Serão repassados ao município 60 mil litros de combustível para uso em maquinários e equipamentos agrícolas para manutenção dos ramais da região.

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