Com aumento de casos de covid-19, festejos de Carnaval e shows artísticos são suspensos no Amapá
Novo decreto também traz medidas como redução da taxa de ocupação de público para 50% e distanciamento social de 1,5 metro em eventos científicos, sociais e culturais.
O Decreto Nº 0203 estabelece medidas mais rigorosas de proteção à vida e atende às recomendações do Coesp.
Com o aumento de mais de 230% nos casos de covid-19 no Amapá, o Governo do Estado e as prefeituras do Amapá definiram, nesta segunda-feira, 17, o cancelamento dos festejos de Carnaval 2022 e a realização de shows artísticos, em ambientes abertos ou fechados, nos âmbitos público e privado.
A decisão tem com base o Parecer Epidemiológico do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp). Apresentado nesta segunda-feira, 17, o documento também aponta um aumento da taxa de ritmo de transmissão do vírus para 1.05. No mapa de classificação de risco, o Amapá está na linha vermelha.
VEJA O PARECER EPIDEMIOLÓGICO AQUI
“Após deliberar com as prefeituras, tomamos essa decisão ao observar um aumento na taxa de transmissão e de novos casos. Esse crescimento é um sinal de alerta porque repercute na maior procura por atendimentos nas UBS’s e na necessidade de leitos clínicos e intensivos”, reforçou o governador, Waldez Góes.
Somente nesta segunda-feira, foram registrados 590 novos casos de covid no Amapá. As informações estão no boletim epidemiológico divulgado pelo governo do Estado.
Novo decreto
O Decreto Nº 0203 estabelece medidas mais rigorosas de proteção à vida e atende às recomendações do Coesp. Estão suspensos até o dia 31 de janeiro a realização de shows artísticos, festas e eventos de carnaval, em ambiente aberto ou fechado, realizados pelo Poder Público estadual e municipal e pela iniciativa privada.
O documento também estabelece a redução para 50% da taxa de ocupação de público nos eventos corporativos, sociais, técnicos e científicos - respeitando o distanciamento social de 1,5 metro entre as pessoas, com a marcação dos assentos que não devem ser ocupados.
É permitido o funcionamento das atividades industriais, comerciais e de serviços nos dias, horários e modalidade de atendimento regulamentados pelos municípios.
As igrejas e templos religiosos ficam autorizados a funcionar 24 horas, devendo seguir o Protocolo Sanitário Padrão, incluindo o distanciamento social de 1,5 metro entre as pessoas, com a marcação dos assentos que não devem ser ocupados.
Fica autorizado o funcionamento dos bares, boates e casas de espetáculos mediante cumprimento das condicionantes, incluindo o uso obrigatório da máscara.
Aumento de casos e de internações
O parecer epidemiológico mostra um crescimento de 233,92% nos casos de covid-19 com média móvel a cada sete dias no estado. Com relação ao risco de transmissão que subiu para 1.05, demonstra a perda de estabilidade, e o reflexo é o aumento no número de hospitalizados.
A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 49% na rede pública e 23,1% na rede privada, já os leitos clínicos apresentaram uma taxa de ocupação de 41% públicos e 93,3% privados, de acordo com os dados que foram registrados até o dia 15 de janeiro.
A taxa de ocupação de leitos exclusivos para covid-19, no comparativo entre os dias 15 de novembro do ano passado a 15 de janeiro deste ano, subiu de 10% para 50,3%. No mapa de classificação de risco o Amapá, está na linha vermelha, com predominância em Macapá e Santana.
Todos esses dados acendem o alerta nos órgãos estaduais e municipais de vigilância e assistência em saúde e justificam o rigor nas medidas de proteção à vida.
Góes também enfatizou que a grande maioria dos casos de UTI, são de pessoas que não tomaram vacina ou não completaram o esquema vacinal.
Além disso, a taxa de letalidade no Amapá é de 1,58 - abaixo da média nacional, que é de 2,80.
“Isso demonstra claramente que, além da vigilância em saúde, da assistência e da retaguarda hospitalar, é a imunização com vacina que protege, sobretudo, do agravamento dos quadros”, finalizou.
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