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Ciclo do Marabaixo: Grupos Raízes da Favela, Berço e Campina Grande fazem a primeira noite de festa

A programação segue neste Domingo de Páscoa, nos bairros do Laguinho e Jesus de Nazaré.

Por Gabriel Penha
17/04/2022 10h56

Depois de dois anos, eventos presenciais voltaram a fazer parte das comemorações do Ciclo do Marabaixo.

A noite de sábado, 16, foi marcada pelo início da programação do Ciclo do Marabaixo 2022 nos barracões. Também, marcou o fim de uma saudade de dois anos sem eventos presenciais, devido às restrições impostas pela Pandemia de Covid-19 nos anos de 2020 e 2021, em que a programação foi apenas virtual, com transmissão pela internet.

As caixas rufaram com a presença do público, nos barracões Berço do Marabaixo (Santa Rita), Raízes da Favela (Centro) e Campina Grande, na região rural de Macapá. Um Ciclo com gosto de recomeço.

“Depois dois anos difíceis, quando perdemos muitas pessoas queridas, agora voltamos a realizar nossa maior manifestação cultural da forma que sempre fizemos, com os realizadores interagindo e sentindo o calor do nosso público”, diz Valdinete Costa, uma das coordenadoras do grupo Berço do Marabaixo, que perdeu a irmã, Marilda Costa, em fevereiro de 2021.

Na sede do Raízes da Favela, no centro de Macapá, a marabaixeira Elísia Congó era uma das principais organizadoras do barracão. Se emocionou com a ladainha à Santíssima Trindade, realizada antes das caixas rufarem e rezada em latim.

“Hoje é o Marabaixo da Aceitação, que marca o início do Ciclo. É mais um ano de luta, de pessoas que dão o melhor de si para manter viva essa tradição”, disse a neta de Dica Congó.

O diretor-presidente da Fundação Marabaixo (que substituiu a Seafro), Joel Borges, acompanhado do secretário especial de Governo, Evandro Milhomem, esteve nos dois barracões na noite de abertura. Ele reiterou a importância do apoio do Governo do Estado para o Ciclo do Marabaixo como fortalecimento dos grupos realizadores.

“Apoiar o marabaixo é valorizar nossa mais autêntica manifestação cultural. O Governo do Amapá cumpre seu papel de garantir o trabalho desses fazedores de cultura para que nossa maior tradição se perpetue”, ponderou Borges.

A programação do Ciclo do Marabaixo 2022 segue neste domingo, 17. Desta vez, nos barracões Marabaixo do Pavão (bairro Jesus de Nazaré) e Raimundo Ladislau (Laguinho), em Macapá. O encerramento será no dia 19 de junho.

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2018, o marabaixo recebe apoio do Estado. Para a realização do Ciclo 2022, o Governo do Amapá investiu R$ 110 mil, através da Secretaria de Cultura (Secult), divididos igualmente entre os grupos realizadores.

 

 

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