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Ciclo do Marabaixo 2022: depois de dois anos, grupos se reúnem para corte do mastro nas matas do Curiaú

Programação especial, com participação de todos os barracões, acontece neste sábado, 21.

Por Gabriel Penha
19/05/2022 21h42

Festeiros retiram o mastro nas matas do Curiaú, durante a última edição presencial do ritual, em 2019.

Integrantes de todos os grupos que realizam o Ciclo do Marabaixo 2022 terão um momento especial no sábado, 21 de maio. A retirada dos mastros nas matas da comunidade quilombola do Curiaú reunirá festeiros dos barracões Berço do Marabaixo, Marabaixo do Pavão, Raízes da Favela (Dica Congó), Raimundo Ladislau e Campina Grande.

A chegada da comitiva dos festeiros ao local está marcada para às 9h e terá um gostinho especial, pois o ritual não aconteceu nos anos de 2020 e 2021, devido às restrições causadas pela pandemia de Covid-19, com a queda dos números no Amapá, é possível retornar os eventos presenciais.

De acordo com a tradição, eles entram na mata para escolha de uma árvore forte para ser usada para o mastro.

Mas esse ato traz hoje em dia um exemplo de preservação ambiental: a cada árvore derrubada uma nova muda é plantada, para que a floresta se renove.

“Essa atitude [plantar mudas] faz parte de uma conscientização ambiental que as famílias que realizam o Ciclo do Marabaixo vêm adotando. Temos que manter a cultura, a tradição, mas com respeito ao meio ambiente”, explicou Valdinete Costa, representante do grupo Berço do Marabaixo, na última realização de forma presencial desse ritual, em 2019.

Terminado o corte do mastro, todos os grupos se reúnem em uma grande roda de marabaixo. É um momento de interação e congratulação entre os festeiros. Ainda no sábado, têm caixas rufando no barracão Gertrudes Saturnino (Berço do Marabaixo, a partir das 18h), e no domingo, 22, a festa é nos demais barracões.

Tradição

Os mastros são retirados anualmente das matas do Curiaú. Depois de cortados, são pintados com as cores vermelho e branco (Divino Espírito Santo) e azul e branco (Santíssima Trindade). Dentro da tradição, carregam as bandeiras. Depois de pintados, são enfeitados com a murta, uma erva aromática. Quando levantados, simbolizam a conclusão da realização das homenagens.

Apoio do Governo do Estado

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2018, o Ciclo do Marabaixo recebe apoio do Governo do Estado, com investimento de R$110 mil, através da Secretaria de Cultura (Secult), divididos igualmente entre os grupos realizadores. A programação também recebe apoio institucional da Fundação Estadual de Promoção da Igualdade Racial, a Fundação Marabaixo, órgão que substitui a extinta Seafro.

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