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'Ter um espaço próprio para comercializar era nosso sonho', diz empreendedora do Gengibar na Central do Marabaixo

Antonia Márcia dos Santos vende a bebida há 22 anos e comemora o movimento durante a abertura do Ciclo do Marabaixo.

Por Mônica Silva
02/04/2023 07h00

"O espaço tá lindo e super movimentado. Era nosso sonho", disse a empreendedora Antonia Márcia dos Santos, de 51 anos, que há 22 comercializa a gengibirra durante o Ciclo do Marabaixo 2023. Ela comanda o "Gengibar", instalado na Central do Marabaixo, lançada pelo Governo do Estado. A festa acontece até domingo, 2, no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.

"Nega do Biluca", como é conhecida, comentou que essa é primeira vez que os empreendedores da bebida tem a oportunidade de vender a gengibirra durante o evento em um espaço próprio. O Gengibar tem recebido centenas de pessoas por dia e fez a bebida ganhar ainda mais o gosto dos visitantes.

O mineiro Jonatas Araújo, de 27 anos, está visitando o Amapá, e recebeu o convite do namorado, Eduardo Brito, de 21 anos, para prestigiar a festa e degustar a gengibirra. "Eu provei e aprovei", disse.

A bebida feita à base de gengibre, açúcar e cachaça, tem íntima relação com a cultura negra e foi declarada Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), se tornando o "combustível" dos festeiros nas rodas de batuque e marabaixo.

O autônomo Patrick de Almeida, de 34 anos, também esteve prestigiando o evento. Para ele, a festa e a bebida são a combinação perfeita. "Não existe Marabaixo sem Gengibirra", comentou.

A jovem na Beatriz Dias, de 25 anos, mencionou que já participou da festa outras vezes e nunca deixa de beber a gengibirra. "Passar pelo Ciclo do Marabaixo e não degustar da gengibirra é o mesmo que não ter vindo", falou a estudante.

Patrimônio cultural
O marabaixo é a mais autêntica manifestação cultural amapaense e, em novembro de 2018, recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan. O Ciclo do Marabaixo é o período dedicado aos rituais que se iniciam no Sábado de Aleluia e seguem até o chamado Domingo do Senhor, primeiro domingo após a celebração de Corpus Christi – este ano, de 8 de abril a 11 de junho.

Atualmente, quem potencializa o comércio da gengibirra produz bombons, drinks, geleia e outras especialidades no mercado local e até nacional.

"Eu vendo hoje para pessoas do Amapá é até para fora do estado, eventos como esse nos proporcionam expansão do produto”, reforçou a empreendedora Antonia.

Ela produz a gengibirra em casa e fez do negócio sua principal fonte de renda, depois que o governo do estado começou a incentivar e valorizar o mercado.

A programação do Ciclo do Marabaixo 2023 conta com rodas de capoeira, apresentações culturais e uma vitrine que reúne os símbolos da expressão cultural das comunidades negras amapaenses.

A Central e o período do Ciclo do Marabaixo contam com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e Fundação Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo). No espaço, também haverá Feira do Afroempreendedor, com apoio da Secretaria de Estado de Trabalho e Empreendedorismo (Sete).

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