Governo do Amapá discute estratégias para fortalecer Programa Criança Alfabetizada
Um dos objetivos é criar Coordenadorias Regionais de Educação para ampliar as ações do programa nos municípios.
Reunião avaliou resultados dos testes de fluência em leitura das crianças amapaenses
O governador Clécio Luís reuniu-se na quinta-feira, 20, com representantes da Associação Bem Comum (ABC) e Secretaria de Estado da Educação (Seed) para tratar sobre o fortalecimento do Programa Criança Alfabetizada.
A Associação Bem Comum é uma das instituições apoiadoras da estratégia do Governo do Amapá realizada em regime de colaboração com os 16 municípios para alfabetizar todas as crianças amapaenses na idade certa. O Instituto Natura e a Fundação Lemann também apoiam o programa.
Na pauta, foram apresentados os últimos dados das avaliações diagnósticas e de fluência em leitura do Criança Alfabetizada. Em 2022, apenas 6% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental da rede estadual e municipais eram leitores fluentes, 29% eram iniciantes e 65% eram pré-leitores.
Os alunos devem saber ler e escrever até o 2º ano do ensino fundamental, pois é nessa etapa que a criança aprimora a capacidade de leitura, escrita e matemática. Para o chefe do Executivo estadual, a pandemia de Covid-19 trouxe uma das maiores dificuldades da educação na atualidade, que é a recuperação da aprendizagem dos estudantes.
“Precisamos trabalhar a recuperação dos processos de ensino aprendizagem, diminuir a distorção entre idade e série e combater a evasão escolar. Para alfabetizar na idade certa, contamos com o reforço de instituições como a Associação Bem Comum. Precisamos que as crianças saibam ler e escrever na idade certa”, frisou Clécio Luís.
O diretor-presidente da Associação Bem Comum, Veveu Arruda, comentou que o programa já tem um forte engajamento entre o governo e os secretários municipais de educação.
“Temos esse engajamento forte das autoridades. Precisamos agora criar Coordenadorias Regionais de Educação, porque nem sempre o próprio secretário pode estar à frente. Então, é preciso empoderar essas regionais para darem apoio às ações do programa”, sugeriu Arruda.
A secretária de Estado da Educação, Sandra Casimiro, antecipou que as criações das Regionais da Educação já estão sendo discutidas no organograma da pasta, e a primeira será montada na região do Vale do Jari, no sul do Amapá.
“É uma necessidade que já tínhamos percebido e que logo será inaugurada, a primeira está em estudo para implantação no Jari. As regionais serão os braços da Seed nos municípios para o fortalecimento da aprendizagem e melhoria dos indicadores educacionais do Amapá”, destacou a gestora.
Criança Alfabetizada
O programa tem como objetivo alfabetizar todas as crianças amapaenses até o 2º ano do ensino fundamental. Ele contempla material didático estruturado, avaliação permanente estadual, formação continuada para professores e gestores, bolsa incentivo para coordenadores e formadores do programa, avaliação de fluência em leitura, acompanhamento pedagógico e premiação para escolas com melhores resultados.
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