Estados amazônicos debatem desafios para fortalecer a Assistência Social na região Norte

Encontro prepara municípios e estados para a 13 ª Conferência Nacional de Assistência Social

A capital amapaense recebeu a Reunião Regional Norte do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) que encerrou nesta sexta-feira, 28. Além do Amapá, o encontro reuniu representantes do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins para criar uma agenda nortista de pautas que serão debatidas durante a realização da 13 ª Conferência Nacional de Assistência Social, em dezembro, no Distrito Federal.

Cerca de 115 participantes, entre usuários, trabalhadores, gestores e entidades socioassistenciais, contribuíram nos dois dias de debate e construção dos processos conferenciais de municípios e estados para fortalecer o Sistema Único de Assistência Social (Suas) na Amazônia.

“A reunião regional com o CNAS vem para nos preparar para a realização das conferências, norteando e qualificando as deliberações. Nosso objetivo maior é fortalecer o Suas e oferecer à população serviços de boa qualidade”, afirma a secretária de Estado de Assistência Social, Aline Gurgel.

A partir da temática “Reconstrução do Suas: o Suas que temos e o Suas que queremos”, foram discutidas estratégias para superação de desafios na gestão do sistema no contexto amazônico, como promoção da intersetorialidade e transversalidade nas políticas públicas e fortalecimento da participação popular nos processos conferenciais.

 “Este é um espaço importante de escuta. A Região Norte tem muitas demandas, que a gente precisa acolher enquanto política pública, para pensar um Suas que seja inclusivo e diverso, atento às especificidades dos territórios”, pontua a representante do Cnas, Shirley Samico.

A reunião regional Norte contou com a oferta de apoio técnico pela Secretaria Nacional de Assistência Social (Snas), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

“Diagnosticar o Suas que temos, com a participação da sociedade civil, é fundamental para identificar as demandas desses usuários e adequar a oferta de serviços à necessidade da população, ou seja, o Suas que queremos”, reflete o palestrante da Snas, Paulo Clemente.

O respeito à diversidade da Região Norte e das populações amazônicas também foi um dos aspectos destacados ao longo do evento.

“É importante termos esse olhar para a diversidade. Entender se esse usuário é indígena, quilombola, ribeirinho, extrativista...É preciso encarar essa complexidade e riqueza não como problema, mas como potencialidade”, complementa Paulo.

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