Amapá busca reconquistar alta cobertura vacinal em todos os municípios
Estado apoia projeto nacional que trabalha para reverter a trajetória de queda nas coberturas vacinais em todo o Brasil.
SVS é o órgão responsável por distribuir as vacinas para os municípios
No Brasil, muitos estados não atingiram a meta de 95% de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS). Nos últimos três anos, o Amapá também não alcançou esse percentual, mesmo com as intensas campanhas dos órgãos públicos e com a disponibilidade de 19 tipos de imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação nos municípios.
A circulação de notícias falsas, o medo de eventos adversos e a sensação de insegurança são fatores que vêm contribuindo para a queda das coberturas vacinais no Brasil, como detalha a gestora da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), Margarete Gomes.
“As fakes news que têm circulado principalmente nas redes sociais podem refletir nos registros de pessoas não imunizadas e isso coloca em risco a população, em especial as crianças, colaborando para o retorno de doenças que já estavam controladas ou eliminadas. É o caso do sarampo”, afirma Margarete.
Para mudar o cenário de queda na procura pelos imunizantes, o Amapá apoia o projeto “Reconquista das Altas Coberturas Vacinais”, que é executado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz); pela Secretaria de Vigilância em Saúde do MS e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
A coordenadora Estadual de Imunizações da SVS, Maria Angélica Oliveira, explica que a ideia é programar ações de apoio estratégico ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) para reverter a trajetória de queda nas coberturas vacinais dos Calendários Nacionais de Vacinação da Criança, do Adolescente, do Adulto e Idoso, da Gestante e dos Povos Indígenas.
“Assim, queremos assegurar o controle de doenças imunopreveníveis como o sarampo, a poliomielite, a gripe, o câncer de colo do útero, meningites e todas as outras cujas vacinas são disponibilizadas gratuitamente para a população, nos postos de saúde”, reforçou.
Números
Nos primeiros meses de 2023, em Macapá, 60% das crianças receberam a vacina BCG, que protege contra formas graves de tuberculose; 41,29% se imunizaram contra a poliomielite; e 56% foram imunizadas com a tríplice viral D1, uma proteção contra sarampo, caxumba e rubéola.
Em Santana, o segundo maior município do estado, a cobertura vacinal para a BCG foi de 14,39%, poliomielite 49,91% e tríplice viral D1 foi de 81, 24%. Em Laranjal do Jari, os percentuais da BCG foram de 76,79%, poliomielite 57,14% e tríplice viral D1 de 44,64%. As informações são da SVS.
Vacinas são seguras
As vacinas são produtos biológicos que estimulam a defesa do corpo contra alguns microrganismos (vírus e bactérias) que provocam doenças. São comuns eventuais reações, como febre e dor local, após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias.
O MS reforça que todos os imunobiológicos ofertados à população são seguros, eficazes e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No Amapá, é a SVS que distribui os imunizantes para as prefeituras. O processo ocorre de acordo com a necessidade dos municípios que executam as campanhas. Veja a lista de vacinas disponíveis gratuitamente no estado.
- BCG
- Hepatite A
- Hepatite
- Penta (DTP/Hib/Hep. B)
- Pneumocócica 10 valente
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP)
- Vacina Oral Poliomielite (VOP)
- Vacina Rotavírus Humano (VRH)
- Meningocócica C (conjugada)
- Febre amarela
- Tríplice viral
- Tetraviral
- DTP (tríplice bacteriana)
- Varicela
- HPV quadrivalente
- DT (dupla adulto)
- DTPA (DTP adulto)
- Menigocócica ACWY
- Covid-19
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