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Marabaixeiros celebram Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo, em Macapá

No último domingo, 28, grupos celebraram o cortejo da murta, um dos principais momentos do Ciclo do Marabaixo.

Por Jamylle Nogueira
29/05/2023 07h00

O primeiro mastro a ser erguido foi no barracão Tia Gertrudes

O cortejo da murta da Santíssima Trindade foi celebrado com muita alegria e devoção no domingo, 27, pelos grupos marabaixeiros nos tradicionais barracões Tia Gertrudes, Pavão, Raimundo Ladislau e Zeca e Bibi Costa (Azebic), em Macapá. A murta é uma planta aromática comum na Área de Preservação do Curiaú. 

O cortejo é uma das principais programações do Ciclo do Marabaixo, pois é o momento que o mastro da Santíssima Trindade é erguido para ficar ao lado do mastro do Divino Espírito Santo. Conforme a tradição, ambos serão derrubados em 11 de junho, o chamado “Domingo do Senhor”, último dia de festejos.

Toda a programação iniciou ainda pela manhã com a celebração de missa na igreja de São Benedito. À tarde, houve um pequeno cortejo e ladainhas, sempre ao som das caixas de marabaixo, dança, devoção e sincretismo religioso.

A jovem Maíra Costa, de 21 anos, que representa o barracão da Tia Gertrudes, considera este um dos momentos mais esperados por ela e sua família.

“Sou bisneta da Gertrudes e faço parte da geração que mantém viva toda a tradição do nosso marabaixo. Esse é um momento de muita fé e resistência, pois precisamos perpetuar nossa tradição para as demais gerações, sempre saudando nosso Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade”, destacou Maíra.

Fé e tradição 

O barracão da tia Gertrudes foi o primeiro a erguer o mastro da Santíssima Trindade, acompanhado pelo barracão Raimundo Ladislau, o segundo a realizar o ato religioso. Para a vice-presidente do grupo, Laura Ramos, esse é um momento de renovação da fé.

“Estamos todos aqui reunidos em devoção ao nosso Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade. Aqui, nos reunimos anualmente para honrar todo o nosso amor aos nossos ancestrais”, revelou Laura.

Os barracões do Pavão e Azebic ergueram o mastro somente nas primeiras horas desta segunda-feira, 29. O presidente do Pavão, Daniel Ramos, destacou que é muito importante que a tradição seja reconhecida por todos os amapaenses.

“Marabaixo é cultura, é um ato de amor e devoção, por isso jamais podemos deixar ele morrer. Eu fico muito feliz em ver que estamos sendo valorizados, pois isso fortalece ainda mais essa tradição e permite que seja repassado para as próximas gerações“, destacou Daniel.

A representante do barracão Azebic, Priscila Silva, destacou que o Ciclo do Marabaixo vive um momento único.

“Estamos recebendo muito apoio para realizar essa festa tão linda. Me sinto muito feliz em ver que nossa tradição está sendo reconhecida e valorizada”, frisou Priscila.

Ciclo do Marabaixo

A programação é realizada pelos grupos marabaixeiros com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), que esse ano inaugurou a Central do Marabaixo.

O evento segue nesta segunda-feira, 29, a partir das 18h, no barracão do Pavão com a novena em louvor à Santíssima Trindade. O marabaixo é a mais autêntica manifestação cultural amapaense e, desde novembro de 2018, recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Dia Estadual do Marabaixo é celebrado em 16 de junho

 

 

 

 

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