Governo do Amapá inicia capacitação de 100 novos alunos no curso de instalador de sistema fotovoltaico
Estado formou duas turmas para formar profissionais com mão de obra qualificada e especializada em energia renovável.
Estudante Manoel Souza, de 20 anos, é um dos alunos do curso
Ocorreu nesta terça-feira, 30, a aula inaugural de mais duas turmas do curso de instalador de sistemas fotovoltaicos, mobilizadas numa parceria entre o Governo do Amapá e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-AP). São mais 100 profissionais que, quando formados, vão poder contribuir com mão de obra qualificada e especializada no mercado local.
O estudante Manoel Souza, de 20 anos, é um dos alunos do curso. Ele conta que decidiu começar a caminhada nessa carreira para tentar levar qualidade de vida para populações ribeirinhas.
"Minha mãe é do interior do Gurupá [PA], tinha que acordar cedo para fazer todas as atividades ainda de dia porque não tinha energia. Decidi fazer esse curso para levar energia solar para lugares como esses, para os ribeirinhos terem esse conforto, poderem descansar com a tecnologia, e aproveitarem a vida", disse o estudante.
O setor de energia renovável é uma das apostas para o crescimento econômico do Amapá nos próximos anos. O número de unidades de geração distribuída na Região Metropolitana de Macapá cresceu 30% no primeiro trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. Além disso, já há mais de 40 empreendimentos cadastrados na Associação Amapaense das Empresas de Energia Solar.
Entre os investimentos de Estado, o Governo Federal prevê instalar kits de energia solar em 2,5 mil unidades domiciliares na Zona Rural do Amapá através do programa Mais Luz para a Amazônia, e o Governo do Amapá se prepara, com emendas do senador Davi Alcolumbre, para iniciar o processo de transição energética a partir da construção da fábrica própria de energia fotovoltaica.
A oferta do curso de instalador de sistemas fotovoltaicos integra o programa estadual "Amapá Solar". O governador em exercício, Teles Júnior, que participou da aula inaugural junto à equipe técnica do Governo, ressaltou que os jovens e adultos precisam se inserir nessa agenda consideranda a economia do futuro.
"Aqui os alunos vão ter acesso ao melhor da tecnologia para o setor, e vão ser muito bem qualificados. Tem muita oportunidade de emprego e renda, e o Governo investe na mão de obra qualificada, para que ela possa ser aproveitada pelo mercado, que está em expansão. Esse é um setor estratégico para o crescimento econômico, e quem estiver qualificado também vai crescer junto a essas empresas", pontuou Teles Júnior.
Desenvolvimento econômico com qualidade
O programa é coordenado pela Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá) e tem como objetivo qualificar jovens para o setor de energias renováveis.
"Essa não é uma mão de obra qualquer, é especializada para esse tipo de empreendimento. O Governo do Estado, vocacionando para esse tipo de empreendimento, incentiva a instalação de indústrias e o desenvolvimento do comércio de energia solar, e, ao mesmo tempo, qualifica mão de obra especializada para atender esse mercado. O Senai é uma grife para a indústria, então fomos atrás dessa parceria", explicou o diretor-presidente da Agência Amapá, Jurandil Juarez.
A qualificação amplia os horizontes profissionais dos alunos e estimula a geração de emprego e renda.
"É uma área relativamente nova, que está em evidência e que aqui no Amapá a gente tem trabalhado para dar a melhor capacitação. A parceria com o Governo é um 'casamento perfeito', com qualificação do Senai, atuação do Estado e participação de empresas interessadas na empregabilidade desses jovens", destacou a superintendente do Sesi-AP e diretora de operações do Senai-AP, Alyne Vieira.
Novos horizontes
Funcionário público, Luiz dos Santos atua há 36 anos no setor operacional da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) e decidiu, aos 56 anos, dar um novo passo na carreira. Com apoio da família, ele se inscreveu no curso.
"É uma era nova de energias renováveis. Quero ser um instalador e ajudar municípios que não têm acesso a esse serviço. Eu estava parado há um bom tempo e decidi voltar a estudar, já numa área nova. Acho que vai ser importante pra mim e acho também que a idade não atrapalha em nada", afirmou Santos.
Quando formados, esses novos profissionais poderão ser absolvidos por empresas como a do grupo Minasol. No mês de abril, a empresa inaugurou uma fábrica no Distrito Industrial de Macapá e Santana, com incentivos do Estado, para produzir painéis fotovoltaicos, se tornando uma das 4 indústrias do tipo existentes no país. Na segunda-feira, 29, o grupo fechou uma parceria com uma holding de franquias e deve expandir o negócio para outros estados.
"Com esse curso, os alunos passam a ter conhecimento técnico e de qualidade para atuar nesse mercado que investimos. Estamos à disposição do curso, para aprimorar os conhecimentos e, quem sabe, colocar os alunos formados no nosso quadro de funcionários", declarou o diretor-presidente do grupo, Abdias Eduardo Pontes.
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