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Líder religiosa pede ações contra intolerância durante debate do Plano Estadual de Segurança Pública em Macapá

Mãe Carmem de Oya participou da plenária promovida pela Sejusp e Unifap, nesta terça-feira, 6.

Por Marcelle Corrêa
06/06/2023 16h00

O racismo institucional também foi destacado pela Mãe Carmem de Oya durante o encontro

Macapá foi o último município do Estado a receber nesta terça-feira, 6, autoridades, a população e representantes de vários segmentos sociais para debater a construção do Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social. A capital fechou o ciclo de audiências públicas que aconteceram nos 16 municípios.

O segmento religioso de matriz africana esteve presente na plenária e ganhou voz através de Mãe Carmem de Oya que falou sobre racismo institucional e intolerância religiosa, destacando a necessidade de maior conhecimento dos órgãos de segurança sobre todos os tipos de manifestações. 

"A Luta dos povos tradicionais de matriz africana, na perspectiva da segurança pública, busca a construção de parcerias, diálogos e implementação de políticas para garantir direitos aos nossos Ilês, espaços de empoderamento social e político-cultural. Estamos trazendo a efetiva contribuição do povo de terreiro para o projeto, solicitando estratégias para o combate da intolerância religiosa e institucional, além do respeito às nossas manifestações”, explicou. 

O encontro fez parte da fase de diagnóstico para elaboração do plano, coordenado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)  desenvolvido pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), que vai definir as metas e ações que serão executadas até 2030.

Dentro do projeto, a integração entre a sociedade e os órgãos de segurança, que rege o programa estratégico do Governo do Amapá para o setor, foi pontuado pelo vice-governador Teles Junior.

"Nós precisamos ter uma integração entre as polícias e a sociedade em geral, para que possamos ter uma política de segurança pública muito mais preventiva do que repressiva. Temos uma polícia capacitada, eficaz e hoje temos instrumentos de inteligência que permitem nos antecipar a eventos ilícitos da criminalidade", ressaltou o vice-governador.

Reconhecendo o trabalho contínuo do estado no combate aos grupos criminosos, o representante da Federação dos Conselhos Comunitários de Segurança do Amapá (Feasp), José Elenildo Costa entregou nas mãos do secretário-adjunto da Sejusp, Paulo Reyner, um documento com os principais anseios dos líderes comunitários para a proteção do cidadão.

"Estou feliz por essa integração entre todas as polícias, só assim se combate a bandidagem e os grupos criminosos. Precisamos de policiais capacitados em segurança comunitária para sempre mantermos o bom diálogo", disse José Elenildo Costa. 

Próximas etapas 
O secretário-adjunto da Sejusp, Paulo Reyner explica que com o fim da fase das audiências públicas, onde foi possível coletar informações setorizadas de cada município, os trabalhos vão se concentrar no planejamento estratégico da Secretaria de Segurança junto com a Unifap.

"Conseguimos identificar problemas diversos em cada município, conforme as suas regionalidades e especificidades. Exemplo são os relatos das comunidades que sofrem com furto de gado, ou com ações de ratos d'água que afligem as populações ribeirinhas. Nosso trabalho é diminuir a criminalidade nesses locais, com a elaboração de ações estratégicas de curto, médio e longo prazo, para que os problemas, uma vez identificados, possam ser solucionados", garantiu o gestor.

Para o coordenador geral do projeto, o professor doutor Allan Jasper, da Unifap, ter tido a oportunidade de ouvir a população foi primordial para a construção do Plano de Segurança, que agora entra na fase de análise e redação.

"A população participou bastante, expondo suas demandas e dificuldades. Em muitas audiências um ponto que se repetiu foi o pedido por projetos sociais que deixaram de existir em algumas localidades e também o pedido da presença de policiais civis, militares em zonas mais afastadas", pontuou Jasper.

O projeto
O projeto do Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social está sob responsabilidade da Unifap, por meio dos cursos de Administração, Direito e Jornalismo, através de um contrato entre o Governo do Amapá, por intermédio da Sejusp e Fundação de Pesquisa do Acre (Fundape). 

O processo é uma exigência do Ministério da Justiça para que o Amapá tenha acesso ao Fundo Nacional de Segurança Pública e, assim, possa avançar nas especificidades de cada município, com a ajuda de recursos federais. 

Na finalização do projeto vão ser entregues três documentos: O Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, a Política de Segurança Pública e Defesa Social e o Planejamento Estratégico da Sejusp.

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