Amapá vai fomentar mercado da tecnologia da informação
Medida seria uma saída para acabar com a ociosidade da mão de obra no setor.
Nos últimos quatro anos, o Brasil investiu R$ 48 bilhões em infraestrutura para a tecnologia da informação, segundo Moreira.
O Governo do Amapá vai buscar recursos para executar um projeto desenvolvido pelo governo federal, para impulsionar o mercado de Tecnologia da Informação (TI) no Estado. O plano, que prevê a infraestrutura necessária para que empresas do segmento se estabeleçam no Estado, foi apresentado a gestores estaduais dos setores econômicos e de ciência e tecnologia pelo secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Rafael Moreira, nesta quinta-feira, 11.
De acordo com o secretário, o projeto visa criar um ecossistema digital, baseado em um conjunto de informações em nuvem digital. Essa plataforma de informações permite a modernização de alguns setores como educação e segurança pública, por exemplo. “Essa base digital permite a utilização de algoritmos de reconhecimento facial de pessoas e de placas de veículos, no caso da segurança pública”, exemplificou Moreira. Segundo ele, são necessários R$ 8 milhões para erguer a infraestrutura que o projeto requer.
O governador do Amapá, Waldez Góes, disse que vai buscar esses recursos junto à bancada federal. Na prática, a verba teria que ser direcionada à Superintendência para a Zona Franca de Manaus (Suframa) – órgão que gerencia a Zona Franca Verde de Macapá e Santana. A Suframa é que executaria o projeto. “Podemos alocar esses recursos de emendas parlamentares. Vamos articular com a bancada federal”, asseverou o governador.
Moreira também sugeriu que o Estado busque, através de medida provisória, a inserção na Lei de Informática, que prevê incentivos fiscais para empresas do ramo. Nos últimos quatro anos, o Brasil investiu R$ 48 bilhões em infraestrutura para a tecnologia da informação, segundo Moreira.
Para o diretor-presidente do Prodap, Lutiano Costa, a medida seria uma saída para acabar com a ociosidade da mão de obra no setor. De acordo com ele, atualmente nove instituições de ensino lançam profissionais no mercado amapaense, que não absorve esta demanda por falta de empresas especializadas em soluções tecnológicas. Para se ter uma ideia da carência destes empreendimentos no mercado local, das empresas que consomem R$ 30 milhões, por ano, que o poder público investe em TI, 90% é de fora do Estado.
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