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Com investimentos do Governo do Amapá, Ciclo do Marabaixo 2023 encerra com a derrubada dos mastros e escolha dos festeiros

Foram três meses de celebrações que fortaleceram a tradicional cultura do povo amapaense.

Por Leidiane Lamarão
12/06/2023 09h50

A derrubada dos mastros é um dos momentos mais importantes do festejo

Ao som do toque das caixas e do ecoar dos cantores de ladrões, encerrou, no último fim de semana, o Ciclo do Marabaixo 2023. A celebração final foi marcada pela derrubada dos mastros, no sábado, 10, e domingo, 11, nos barracões do Mestre Pavão, Raimundo Ladislau e do Grupo Azebic, em Macapá.

O tradicional festejo centenário do povo amapaense, que este ano iniciou no dia 28 de abril, contou com apoio e investimento do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da igualdade Racial – Fundação Marabaixo, trouxe o tema: “Fé, Tradição e Resistência”.

"O Governo do Estado sabe da importância dessa cultura, por isso tem incentivado, cada vez mais, o povo preto que resiste na favela”, declarou a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.

Central do Marabaixo

Uma das novidades deste ano foi a criação da Central do Marabaixo, um espaço que marcou os primeiros dias do ciclo, criado para valorizar a rica história da cultura marabaixeira e de cada família e dos grupos tradicionais, além de proporcionar o conhecimento de elementos como as bandeiras, murtas e mastro, e a degustação de iguarias típicas dos festejos como a gengibirra.

Fé e devoção
 
Para a marabaixeira Valdinete Costa, uma das coordenadoras do tradicional e pioneiro grupo do barracão da Tia Gertrudes, os festejos são uma verdadeira herança de família.

"O marabaixo é uma tradição centenária, e aqui na favela (atual bairro Santa Rita), os festejos iniciaram com a minha avó Gertrudes, passaram por minha mãe Natalina e hoje, eu e meus irmãos damos continuidade e já temos netos e bisnetos com essa responsabilidade de manter e perpetuar a tradição”, destacou.
 
Para a representante do grupo Azebic, Irene dos Santos, as celebrações servem para fortalecer cada vez mais a cultura, a fé e a devoção.
 
“Todos os grupos de marabaixo têm o mesmo objetivo, que é manter e fortalecer a nossa cultura e agradecer ao Senhor”, ressaltou.

Novos festeiros
 
Outro importante acontecimento no encerramento do ciclo é o recebimento da bandeira por quem será o festeiro do próximo ano. No barracão do Mestre Pavão, os responsáveis pelos festejos de 2024 serão os irmãos Ramos.

"Estamos felizes em pegar a bandeira dos festejos do próximo ano. Daremos o nosso melhor para realizar esse momento de tradição com muita responsabilidade”, garantiu Paola Ramos, neta do pioneiro Pavão.

Yuri Soledade, do barracão Raimundo Ladislau, destacou a importância e felicidade de ter concluído mais um ciclo do Marabaixo.

"Sou a quarta geração do mestre Julião Ramos e junto com a minha família temos a missão de preservar e incentivar essa cultura que carrega a história de um povo. Por isso, somos gratos ao governo do estado por apoiar a cultura amapaense”, celebrou.

 

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