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Parceria entre Governo do Estado e Poder Judiciário conscientiza homens sobre o fim da violência doméstica em Oiapoque

Projeto é voltado para homens que cumprem medidas protetivas. 

Por Alice Palmerim
13/06/2023 18h28

Ao total, 10 homens participam da ação

Com o objetivo de promover a ressocialização e diminuir a reincidência de novos casos de violência doméstica ou de gênero, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram) de Oiapoque realizou o projeto “Homens pelo fim da violência”. A ação aconteceu na última segunda-feira, 12, e contou com a parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). 

A iniciativa tem duração de um ano e é voltada para homens que cumprem medidas protetivas devido ao histórico de agressão. Por meio de palestras, o projeto trabalha temas como aspectos legais, psicológicos e sociais da violência e suas consequências. 

Ao todo, 10 homens participam da ação. Um deles é Manoel Carlos (nome fictício), de 27 anos. Para ele, as palestras ajudam a refletir sobre os erros e reforçam a tentativa de melhorar as atitudes.

“Eles escutaram a gente e foi possível aprender muitas coisas boas aqui. Eles nos mostraram que, na maioria das vezes, existem alguns fatores que não sabemos como acontecem e, se tiver outra oportunidade para aprender mais sobre nossas emoções e atitudes, gostaria de voltar. ”

As unidades do Cram são  vinculadas à Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPM). A coordenadora do Cram de Oiapoque, Natani Oliveira, explicou que o projeto nasceu de tratativas com o Poder Judiciário para atender a necessidade de conscientização do público masculino.

“Tivemos a oportunidade de conversar com os homens sobre os aspectos legais das leis de proteção à mulher e suas consequências. Esses encontros mensais vão ser bons para que possamos ouvi-los e discutirmos a importância da mulher na sociedade, ” destacou a coordenadora

Mais conscientização

Ainda com o objetivo de conscientizar o público masculino, a SEPM prevê para o mês de junho o início do Projeto “Conexões Reflexivas”, em Macapá, voltado a, inicialmente, 10 homens com medida protetiva ativas ou denúncias. Trata-se de uma nova parceria com o TJAP, sob a coordenação dos psicólogos Bruno Steffen e Adriana Baldez.

A secretária de Políticas para Mulheres, Adrianna Ramos, ressaltou que o machismo e a sensação de impunidade precisam ser trabalhados junto ao público masculino, para reforçar nos homens que eles podem ser punidos se descumprirem as leis que protegem as mulheres. Por isso, eles devem compreender onde termina os seus direitos e começam os direitos das outras pessoas, neste caso, a mulher, que pode ser a sua companheira. 

“É necessário incutir na cabeça deles que respeitar a mulher e lutar para coibir a violência é um dever social e que todos têm este compromisso. E mais, oportunizá-lo a refletir sobre seus erros e a verdadeiramente mudar sua postura em relação ao que porventura tenha cometido contra uma mulher”, frisou a gestora.

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