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Secretaria das Mulheres debate acolhimento de crianças trans no contexto familiar

O assunto foi abordado com o grupo ‘Mães pela Diversidade’ e representantes do movimento LGBTQIA+.

Por Alice Palmerim
30/06/2023 17h00

Encontro ocorreu no auditório da SEPM

A família é a base para formação da personalidade, primeiro grupo com quem as crianças socializam e recebem as ferramentas psicológicas e emocionais para construir quem desejam ser. Para crianças LGBTQIA+, a família tem um papel ainda mais decisivo para a autoaceitação. Por isso, o assunto marcou o primeiro debate “Crianças trans e o contexto familiar”, realizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM).

O encontro ocorreu na na sexta-feira, 30, e reuniu mães e representantes de movimentos pela diversidade. A professora e pesquisadora, Eli Cruz, trouxe reflexões sobre negação, aceitação e o sentimento de raiva ou frustração que frequentemente permeiam essas discussões, entre outros fatores que precisam ser trabalhados de forma responsável pelos familiares e pela sociedade.

“Acessar as emoções das pessoas precisa ter muita responsabilidade, e saber como isso pode contribuir para levar informações de qualidade tanto para elas, como para outras pessoas. Acredito que com a qualidade, aliada às pesquisas e muito respeito a essas vivências, seja a chave para fazer o processo andar de maneira ampla”, frisou a pesquisadora.

A secretária de Políticas para Mulheres, Adrianna Ramos, enfatizou a importância do diálogo para formulação de políticas públicas que acolham as pessoas e reprimam a intolerância de forma eficaz. Adriana destacou o trabalho do Núcleo de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI) nesse processo.

“Estar presente, fazer uma escuta atenta, ter empatia, nos faz ter o verdadeiro respeito por esta causa. Nesse diálogo, devemos priorizar a busca por soluções e, principalmente, reforçar ações práticas, como o AMA LBTI Tenho certeza que estamos no caminho certo”, frisou a gestora.

Mães pela diversidade

Uma mobilização nacional que há cerca de um ano se organiza no Amapá, o grupo “Mães pela Diversidade” reúne familiares e pessoas LGBTQIA+ para combater o medo e o preconceito no ambiente familiar, além de reafirmar o real sentimento que permeia essa luta, que é o orgulho.

O coletivo conta com 21 mães que trabalham na rede de apoio e acolhimento de familiares de crianças trans. Uma delas é a médica veterinária, Luciana Valois, mãe de um menino trans. “Ficamos muito felizes com o diálogo com o Governo. Temos aqui espaço para parcerias e avançar na causa”, frisou Luciana.

Silvia Garcia, que é mãe de uma menina trans, reafirmou a importância dessas iniciativas, sobretudo para quem não tem apoio em casa. “A gente busca acolher e apoiar nossos filhos, infelizmente não é a realidade de muitos. A gente dá esse direcionamento, acolhe, conversa para tentar resgatar essa convivência familiar”, disse Silvia.

Para quem deseja ter mais informações sobre o as Mães pela Diversidade, o contato pode ser feito pelo número (96) 98118-6126

AMA-LBTI

Coordenado pela Secretaria de Políticas para Mulheres, o Núcleo de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI) é uma das portas de entrada do Governo do Amapá para quem precisa de cuidados com a saúde, cidadania e acolhimento.

O serviço funciona há pouco mais de dois anos, e funciona na Rua Odilardo Silva, 854, Laguinho. O atendimento ocorre das 8h às 12h e das 14h às 18h.

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