Corpo de Bombeiros registra mais de 40 ocorrências de incêndios florestais em duas semanas da Operação Amapá Verde
Maioria dos registros aconteceu nos municípios de Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene.
Operação conta com cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais em todo o estado
Desde o dia 16 de agosto, quando foi lançada pelo Governo do Estado, militares do Corpo de Bombeiros estão atuando em vários municípios na Operação Amapá Verde, de prevenção e combate aos incêndios florestais e crimes ambientais, que já registra 42 ocorrências, a maioria nos municípios de Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene.
A ação, que está na sua sexta edição, é integrada à operação Guardiões dos Biomas, do Governo Federal, que garantiu recursos ao estado, após tratativas do Governo, em Brasília. Nesta quarta-feira, 30, a operação entra no segundo ciclo de ações, com mais de 40 bombeiros em campo.
Os trabalhos envolvem palestras para comunidades quilombolas, assentamentos rurais e escolas, reuniões com autoridades locais, para tratar sobre serviços em parceria, voltados a conscientização da população para evitar incêndios em áreas de mata, além do combate de possíveis focos e sinistros.
“Apesar de estarmos com 15 dias de operação, já observamos um elevado número de combate a incêndios nestes primeiros ciclos, o que não foi observado em outros anos”, alertou o capitão Rithely Barbosa, coordenador da Amapá Verde.
Dados da operaçãoEm duas semanas de ação, além das mais de 40 ocorrências, também já foram contabilizados 22 locais fiscalizados, 14 áreas monitoradas e 13 ações de prevenção realizadas pelos militares.
Nas edições anteriores, Tartarugalzinho, de acordo com o Corpo de Bombeiros, foi o município que liderou as ocorrências. No ano passado, em todo o estado foram registrados cerca de 500 focos de incêndio neste período, desse total, mais de 350 foram atendidas pelas equipes da Amapá Verde.
Outro dado importante é o enfrentamento de crimes ambientais, como o desmatamento, extração irregular de madeira e os garimpos ilegais.
Fique atento!Os meses de agosto, setembro e outubro são os que mais registram focos de queimadas no Amapá. A principal causa é devido ao período de estiagem (sem chuva) e o tipo da vegetação existente no estado (cerrado).
O Corpo de de Bombeiros alerta que, provocar incêndio ambiental é crime, com pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para aqueles que causarem poluição que afete a fauna e a flora. A mesma lei estipula também uma pena de 2 a 4 anos de reclusão mais multa, para quem colocar fogo em lixo, entulho, e outros materiais em área urbana ou rural.
Ao avistar um foco de queimada, a primeira ação do cidadão é ligar para os telefones de Emergência: 193, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e 190, Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes).
Por esses canais, a população também pode denunciar incêndios criminosos nas vegetações e matas.
DicasPara as propriedades rurais:
- Jamais atear fogo em área de vegetação ou roçado/desmatada sem a devida autorização e supervisão do órgão ambiental;
- Não usar o fogo como agente de limpeza para renovar áreas de pastagem;
Na zona urbana
- Todo proprietário de terreno deve manter sua propriedade limpa, com pouca ou nenhuma vegetação;
- Não queimar lixo, folhagens, galhadas e entulhos, principalmente se for próximo de áreas de vegetação;
Nas estradas e viagens
- Não lançar “bituca” de cigarro pela janela do veículo quando trafegar por rodovias ou estradas; o clima quente e ventilado facilita a combustão da vegetação seca, característica do período;
- Caso vá em acampamentos ou eventos similares, ter o máximo de cuidado na hora de acender fogueiras, velas, lamparinas e lampiões.
- Importante também é que ao deixar o acampamento, verificar se as brasas foram todas apagadas e resfriadas e, preferencialmente enterrar os restos da fogueira;
Força-tarefa
A força-tarefa da Operação Amapá Verde reúne no total cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais em todo o estado. As cidades de Calçoene, Oiapoque, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, são as cidades com bases avançadas, estrategicamente montadas, para atender os 16 municípios.
O Corpo de Bombeiros informa ainda que, dependendo da quantidade de ocorrências, do clima e onde elas aconteçam, poderão ser montadas bases também em Itaubal e Mazagão.
A operação é dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe ficará 15 dias nas bases avançadas nos municípios.
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