Agência de Notícias do Amapá
portal.ap.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
LOCALIDADES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A

Secretaria das Mulheres debate o amparo aos órfãos do feminicídio durante o Pacto Estadual pela Primeira Infância

Após a morte violenta da mãe, cerca de 25% das crianças passam a ser criadas pela família do agressor.

Por Alice Palmerim
12/09/2023 09h10

Evento reuniu representantes dos órgãos de saúde, educação, justiça, segurança pública, assistência social do estado.Evento reuniu representantes dos órgãos de saúde, educação, justiça, segurança pública, assistência social do estado.

O Governo do Estado em parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) realizaram nesta segunda-feira, 11, o 1º Seminário do Pacto Estadual pela Primeira Infância, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AP).

Durante o encontro, a secretária de Políticas para Mulheres, Adrianna Ramos, abordou o painel sobre as Políticas das Mulheres e Assistência na Primeira Infância apresentando dados do feminicídio no país e as consequências para os órfãos como: traumas, solidão, insegurança e o desamparo.

Após a morte violenta da mãe, cerca de 25% das crianças passam a ser criadas pela família do agressor, e algumas destas, podem reproduzir o mesmo padrão de comportamento violento, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A secretária apresentou ainda as medidas de assistência e proteção com as atualizações na Lei 11.340 de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que permitiu a criação do juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher e estabeleceu diversas medidas de proteção, além da Lei 11.104 de 2015, Lei do Feminicídio, que alterou o Código Penal do Brasil incluindo uma pena mais severa aos crimes de homicídios e feminicídios no país.

"Não há como falarmos da primeira infância sem um olhar especial para a mulher. Temos que prevenir e combater as violências contra as mulheres, olhando para as dificuldades que enfrentam as famílias que são órfãs do feminicídio. É importante o fortalecimento das políticas públicas para a primeira infância com atuação e ações de uma forma única e transversal das instituições que são relacionadas à causa, como são as políticas públicas para as mulheres", destacou Adrianna Ramos.

RAM
Ainda durante sua abordagem a gestora falou sobre a Rede de Atendimento à Mulher (RAM) que garante o atendimento integral e célere às mulheres e meninas vítimas de violência doméstica e de gênero, além de apresentar a carta de serviços, proposto pelos movimentos sociais, que solicitam assistência jurídica, psicológica e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E também reforçou a garantia dos direitos sociais das crianças da Primeira Infância através do artigo 6º da Constituição Federal.

Para a gerente do Núcleo das Políticas dos Ciclos de Vida, Rai Nunes, que participou do painel, o evento é um marco para a Primeira Infância.

"O evento agrega segmentos fundamentais para o enfrentamento das vulnerabilidades. Vejo que há uma possibilidade muito grande da gente avançar no sentido da identificação de estratégias para enfrentamento dessas vulnerabilidades que possam assegurar os cuidados integrais com a Primeira Infância", disse a gerente.

Estatísticas
Segundo o Fórum Nacional de Segurança Pública no último ano, o feminicídio deixou mais de 2.300 crianças órfãs no país. Sendo mais de 6 crianças desamparadas e traumatizadas por dia.

Perspectivas
O Pacto Nacional da Primeira Infância é coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está em vigor há quatro anos no Brasil. O governador Clécio Luís criou um comitê composto por 24 instituições para coordenar as ações no estado.

A secretária de Assistência Social, Aline Gurgel, explicou quais as próximas providências após a adesão ao Pacto. "O Governo do Estado aderiu ao Pacto Nacional e agora estamos ligados às Políticas Nacionais da Primeira Infância com os pactos assinados pelo Comitê criado pelo governador Clécio, nosso objetivo é transformar o Amapá como prioridade absoluta de Políticas Públicas para Primeira Infância" disse a secretária.

Na próxima reunião do Comitê Interinstitucional previsto para acontecer ainda no mês de setembro será criado um Plano de metas e ações para que todas as políticas públicas para a infância, sejam de estado e coordenadas pelo Comitê Interinstitucional em conjunto com o Comitê do Tribunal de Justiça, para começar a execução das ações. 

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Siga o canal do Governo do Amapá no WhatsApp e receba notícias em primeira mão!