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Força Integrada de Combate ao Crime prende suspeitos de liderar grupos criminosos que atuam no Amapá e Pará

Operação Cerberus foi deflagrada nesta terça-feira, 3, em Macapá, Iapen e Belém.

Por Marcelle Corrêa
03/10/2023 14h02

Foram cumpridos 12 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva e nove de busca e apreensão

Em mais uma ação do Governo do Amapá contra a criminalidade no estado, nesta terça-feira, 3, equipes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), em conjunto com a Polícia Federal do Pará, deflagraram a Operação Cerberus, que cumpriu 12 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, em Macapá, no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), e em Belém.

Duas pessoas foram presas em flagrante na cidade paraense e outras duas na capital amapaense, sendo que um dos suspeitos respondia pelo crime de homicídio e outro por delito relacionado à Lei Maria da Penha.

Durante a ação, um suspeito que trocou tiros com os agentes, foi baleado e acabou morrendo. Um policial militar também ficou ferido na ocorrência. De acordo com o comando da Polícia Militar (PM), após procedimentos médicos, o militar apresenta quadro de saúde estável.

Denominada de Cerberus, a operação é um desdobramento da Desunião, deflagrada em agosto de 2022, quando foi identificado um grupo em aplicativo de mensagens virtual, que atuava com a finalidade de fomentar o tráfico de drogas entre membros de grupos criminosos, em Macapá.

“Com essa operação, junto com outras medidas que foram tomadas na segurança pública, como o aumento do policiamento preventivo e ostensivo com as operações Hórus e Paz, vamos conseguir trazer segurança para a população e reduzir ainda mais os índices de crimes violentos letais intencionais”, disse José Neto, secretário de Segurança Pública.

O secretário, ressaltou ainda que o trabalho mostra a efetividade policial que atua em várias linhas de ação. Além das operações citadas pelo gestor, agentes públicos também estão empregados na segurança da 52ª Expofeira, o que não afetou o policiamento ordinário de todos os municípios do Amapá.

A ação

No Pará, o investigado preso em flagrante na própria residência, segundo a Sejusp e a coordenação da Ficco, era considerado o líder de um grupo criminoso. Ele estava na companhia de um policial militar do Pará, que também foi preso, e supostamente auxiliava o suspeito na prática de delitos. 

Na casa do criminoso e no veículo do policial foram encontradas drogas, armas e munições. O procedimento policial foi feito pela Superintendência de Polícia Federal no Pará, que prestou apoio para o cumprimento dos mandados em Belém.

No Amapá, os mandados judiciais foram cumpridos nos bairros Congós, Trem, Jardim Marco Zero, Pedrinhas e Ipê. Um mandado de prisão preventiva foi cumprido no Iapen.

Durante o cumprimento de um dos mandados de busca, no Congós, Zona Sul de Macapá, foi encontrado um paiol, local onde os criminosos guardavam as armas. Durante esta abordagem que ocorreu o confronto, com um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM.

“Considerado como uma liderança no grupo criminoso, o indivíduo localizado no Pará, possivelmente estava estreitando laços com outros criminosos, visando aumentar o poder bélico da facção para fortalecer o grupo em disputas de território no Amapá. Vale ressaltar que estes indivíduos podem estar relacionados diretamente com a guerra entre grupos criminosos registrada no estado”, frisou o delegado Carlos Lamoglia, supervisor substituto da Força Integrada.

Ainda de acordo com o delegado, os criminosos estavam atuando nas regiões centrais de Macapá, entre os bairros Perpétuo Socorro e Pacoval.

Esquema criminoso

No grupo investigado, foi detectado pelas investigações que os suspeitos combinavam valores que iniciavam com R$ 50, a serem pagos para auxiliar nas despesas do grupo. 

O levantamento apontou também que os criminosos criaram uma espécie de “ouvidoria”, onde os integrantes poderiam dar sugestões administrativas aos líderes sobre as decisões que envolviam, desde medidas para incrementar o tráfico de drogas, até aplicação de penas e castigos no denominado “tribunal do crime”. 

A Ficco conseguiu identificar que os suspeitos considerados líderes, possuem fortes indícios de serem os responsáveis pela distribuição de armas e drogas aos traficantes no estado, principalmente nos bairros Santa Inês e Perpétuo Socorro, onde estava sendo imposto aos moradores o “toque de recolher”. 

“Eles [investigados] também podem estar ligados a uma série de crimes violentos contra desafetos, executando e mutilando seus rivais no tráfico”, disse Carlos Lamoglia. 

Os investigados deverão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e tráfico de armas. Caso condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

Força integrada

A Força Integrada é constituída pela Sejusp, as polícias Militar (PM), Civil (PC), Penal, Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF). A ação desta terça-feira, contou com o apoio do Grupo Tático Aéreo (GTA), e equipes especializadas da PM, companhias do Bope, como o Canil, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado (MPE).

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