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'Vim agradecer à Nossa Senhora pela saúde da minha filha', diz romeiro no Círio de Nazaré, em Macapá

Há oito anos, Elvis Cunha acompanha o trajeto carregando uma cruz de 50 quilos. Ato de gratidão se repetiu neste domingo, 8. 

Por Marcelle Corrêa
08/10/2023 14h54

Junto com a filha, Helena, Elvis celebra a graça alcançada

Sob um sol escaldante e em meio a sorrisos, lágrimas e extrema gratidão, milhares de fiéis participaram da procissão do Círio de Nazaré 2023, em Macapá, neste domingo, 8. Entre os devotos, estava o cirurgião dentista Elvis Cunha que, há dez anos, pediu a intercessão da santa pela saúde da filha, Helena Cunha, de 12 anos.

Elvis carregou, durante todo opercurso do Círio, uma cruz em madeira maciça, com cerca de 50 quilos, para demonstrar sua gratidão pela graça alcançada. Com muita emoção, ao lado da filha, ele contou a história de fé dos dois. 

"Faz oito anos que eu acompanho o Círio trazendo a cruz. Minha filha precisava fazer uma cirurgia muito delicada aos dois anos de idade, e eu pedi a intercessão de Nossa Senhora e fomos atendidos. Hoje, ela [a filha] me acompanha. Até quando eu conseguir carregar a cruz, vou continuar pagando minha promessa", disse Elvis Cunha.

Com lágrimas nos olhos vendo o pai contar a história, Helena demonstra gratidão pelo amor que o pai tem por ela.

"Eu fico muito feliz porque meu pai fez isso por mim. Vendo ele aqui pagando há tanto tempo essa promessa é algo que eu nem sei explicar", disse a garota abraçando o pai. 

 Sonho da moradia

O casal Rosiane Tavares e Ângela dos Santos veio agradecer. As duas, que estão juntas há 14 anos, sempre sonharam em ter a casa própria e entregaram esse desejo à Nossa Senhora de Nazaré. 

"Estamos aqui homenageando Nossa Senhora de Nazaré, agradecendo pela benção da moradia, descalças com a representatividade da nossa casa em nossas mãos", contou Rosiane.

Ângela diz que confiava que logo, com a intercessão da santa, a casa seria uma realidade. Ela conta que é devota de Nossa Senhora de Nazaré e que sempre acompanha a procissão, e os sentimentos sempre se renovam.

"É uma emoção imensa, sabe? A gente sente o Espírito Santo presente, atuando na nossa vida. É um momento de agradecimento, eu tô muito feliz por termos alcançado essa benção maravilhosa. Todos os anos eu vinha e pedia pra Nossa Senhora, então agora eu consegui", agradeceu Ângela.

Vitalidade e fé

Logo nas primeiras horas do dia, a Neuzila Silva de Almeida, de 70 anos, chegou para assistir a missa e garantir o lugar na corda da Berlinda. Há mais de 35 anos, essa é a rotina anual da aposentada.

"Demonstrar minha fé acompanhando na corda, descalça, é uma coisa que eu tenho comigo, me dá paz. E eu venho aqui, na corda, até o dia que Maria quiser e Jesus permitir", frisou Neuzila com muita convicção e um sorriso de satisfação no rosto.

A neta da Neuzila, a Kleicilane Freitas, de 22 anos estava acompanhando a avó e diz que admira a força da aposentada por enfrentar o sol, o cansaço e o ‘empurra-empurra’ na corda com um sorriso de fé, devoção e alegria no rosto.

"Ver ela assim, com toda essa vitalidade, com toda essa fé, nossa! Poder estar aqui com ela me deixa muito feliz, é muito gratificante viver esse momento ao lado dela", enfatizou Kleicilane.

Todo sacrifício é válido!

A Juliana Oliveira fez todo o trajeto do Círio de joelhos. Um momento em que ela descreveu com duas palavras: fé e gratidão.

Juliana chorando agradeceu pela casa e pela saúde do marido e da mãe, que sofreram um acidente grave e, com devoção, ela entregou as preces à padroeira da Amazônia em agradecimento à nova chance de estar junto das pessoas que ama.

"Eu prometi por eles acompanhar todo o Círio de joelhos e eu vou conseguir completar até o final. Eu já estou sentindo muita fé, gratidão por tudo que eu consegui até hoje", comentou Juliana emocionada.De acordo com a Diocese de Macapá, 240 mil pessoas participaram da procissão. O Governo do Estado garantiu duas ambulâncias, profissionais de saúde e mais de 250 militares para a segurança dos romeiros, que formaram um verdadeiro ‘rio de fiéis’ pelas ruas da capital. 

No percurso de quatro quilômetros desde o Santuário de Fátima, no bairro Santa Rita, até a Igreja de São José, no Centro, vários rostos, histórias e sacrifícios em agradecimento por bênçãos alcançadas foram registradas.



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