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Governo do Amapá e Fundação Oswaldo Cruz alinham ações educacionais para aumentar a imunização no estado

Encontro de dois dias, encerra nesta quinta-feira, 19, no auditório do Ceta Ecotel, em Macapá.

Por Cristiane Nascimento
18/10/2023 13h41

Debate busca o fortalecimento das ações junto às escolas para transformar os estudantes em defensores da saúde coletiva

Com objetivo de debater estratégias para aumentar os índices de cobertura vacinal no estado, o Governo do Amapá e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) iniciaram nesta quarta-feira, 18, uma capacitação de dois dias, no auditório do Ceta Ecotel, na Fazendinha, em Macapá.

Com o tema " Saúde e educação pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais" o objetivo do treinamento, que conta com a participação do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é alinhar o fortalecimento das ações junto às escolas de todos os municípios para transformar os estudantes em defensores da saúde coletiva, através da imunização.  

Akira Homma, coordenador do Projeto Reconquista das Altas Coberturas Vacinais da Fiocruz, explicou que o Amapá apresentava as menores taxas de cobertura vacinal de todo o país em 2021, desde então, vem sendo desenvolvido um trabalho no estado, através dos municípios, na tentativa da identificação das causas, para que o índice aumente.

"Em 2023, o cenário mudou e o Amapá junto com a Paraíba, tem conseguido as mais altas coberturas nas campanhas da poliomielite e da influenza, mas precisamos recuperar e avançar também nas vacinas de rotina. Estamos buscando a participação mais forte e direta do sistema educacional que é a base para a formação do cidadão, para formar novas lideranças. Temos que buscar o retorno dessas altas coberturas nesse processo. A volta da poliomielite, por exemplo, seria inaceitável”, finalizou o coordenador.

O momento também é uma oportunidade para que seja debatida a importância de recuperar e ampliar as taxas vacinais, além de reforçar o papel primordial das políticas públicas nesse contexto.

A secretária de Estado da Saúde, Silvana Vedovelli, enfatizou que o estado já iniciou um diálogo permanente para evitar novos surtos, como o da síndrome gripal que assolou a população, principalmente as crianças durante este ano.

"Temos unido forças, discutido de forma permanente, atuando em todos os municípios, porque a prevenção está dentro de cada uma das nossas unidades, e esse é um momento de aprendizado para fortalecer ainda mais o trabalho que a gente vem desenvolvendo", disse a secretária.

A programação prevista para o encontro que encerra nesta quinta-feira, 19, inclui palestras e ações educativas no enfrentamento de doenças, principalmente daquelas que podem ser prevenidas pela imunização.

Antônia Andrade, secretária adjunta de Políticas Educacionais da Secretaria da Educação (Seed), enfatizou que o projeto das Altas Coberturas Vacinais chama a atenção para o papel das famílias e das instituições na tarefa da prevenção.

"Estamos nessa política para amadurecer, consolidar e fazer de fato um trabalho promissor. Já alinhamos com a secretária de saúde que vamos exigir, na nossa matrícula em 2024, a carteira de vacinação, para que os pais assumam realmente essa responsabilidade. Nós lutamos pelo direito à vida e a gente sabe que isso se conquista com prevenção e educação", concluiu.

A capacitação tem como público alvo representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde e Educação; Coordenação de Planejamento de Educação; Coordenação de Imunizações e de Atenção Primária; Programa Saúde Escolar; Núcleo Geo-Educacional entre outros.

A coordenadora de Imunizações da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), Maria Angélica Oliveira, destacou que buscar a parceria com o setor da educação é uma estratégia para fortalecer e contribuir para o entendimento que prevenir, ajuda não só a manter a saúde como evitar o retorno de patologias já eliminadas.

"Reunimos com profissionais da saúde e da educação para difundir nas escolas a vacinação, entre professores, pais e alunos. Todos devem entender a importância da vacina que inicia quando a criança nasce e já recebe a primeira, ainda maternidade, e depois tem todo um calendário a ser seguido. Nós corremos o risco de reintrodução de doenças que já estavam erradicadas, como o sarampo, se a vacinação não for fortalecida. É necessário criar uma rede de apoio na difusão de informações corretas”, falou Angélica.

Isabella Balallai, diretora da SBIm, enfatizou que as ações devem ser trabalhadas dentro das instituições escolares de forma planejada. "As escolas precisam se planejar, a vacinação, as campanhas, precisam estar no projeto pedagógico escolar porque a escola é um excelente lugar o acesso a vacinar, mas muito mais que isso, é um ambiente de educar, e os maiores problemas que enfrentamos, são a desinformação”, disse Isabella. 

Juliana Fleck, da Coordenação de Imunização e Monitoramento das Coberturas Vacinais do Ministério da Saúde, relata que a reunião de diferentes segmentos permite a adoção de um discurso único.

"Trazer essas informações, para os diferentes setores que participam hoje aqui é essencial para ter um diálogo unificado, considerando que atualmente temos fragmentações de diálogos e uma fragilidade muito grande na questão vacinal, nós contamos com essa articulação para que a gente consiga ampliar a cobertura no país”, pontuou Juliana.

Meta 

A partir do evento, a meta é criar e estabelecer um modelo de Escola Promotora da Saúde, com uma comunicação eficiente sobre a importância de vacinas e da vacinação para toda a comunidade escolar, estimulando um planejamento conjunto e alinhado entre os setores de saúde e educação.

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