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Governo do Amapá alerta sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis

A sífilis nem sempre apresenta sintomas, principalmente nas fases iniciais, o que reforça a importância da testagem e o tratamento de forma correta.

Por Mônica Silva
21/10/2023 08h00

Teste rápido para detectar sífilis está disponível nas Unidades Básicas de Saúde

Neste sábado, 21, que marca o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, o Governo do Amapá alerta sobre a prevenção e o tratamento da doença, que tem cura, mas que deve ser diagnosticada de forma precoce para evitar complicações. 

A intenção é conscientizar a comunidade e reforçar a orientação dos profissionais de saúde sobre a identificação e a metodologia de atendimento à população.

A sífilis gestacional é diagnosticada na gravidez; a adquirida é identificada na fase adulta de homens e mulheres; enquanto a sífilis congênita é aquela transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez. 

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2023, até o mês de setembro, o Amapá registrou 93 casos de sífilis congênita, 455 casos de sífilis gestacional e 448 casos de sífilis adquirida. Ao longo de 2022, foram 158 casos de sífilis congênita , 593 casos de sífilis gestacional e 1.019 casos de sífilis adquirida. 

A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) tem monitorado os casos e realizado capacitações de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e biomédicos, para garantir a melhor oferta do serviço, o tratamento ao paciente e ações de prevenção contra a doença.

“O Amapá tem um trabalho voltado a todos os segmentos da saúde, especialmente buscando conscientizar sobre a prevenção, compreendemos que uma população bem informada se previne mais e, consequentemente, fica menos doente", explicou a superintendente da SVS, Claudia Monteiro.

Diagnóstico, tratamento e prevenção

A sífilis nem sempre apresenta sintomas, principalmente nas fases iniciais, o que reforça a importância da testagem e o tratamento de forma correta. O teste rápido está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O teste rápido de sífilis é prático e de fácil execução, com leitura do resultado em no máximo 30 minutos”, pontuou a gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SVS, Anna Byatriz Melo.

Em caso de resultado positivo (reagente), o paciente é encaminhado para a realização de exames complementares para confirmação do diagnóstico e, assim, iniciar o tratamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). No caso das gestantes, basta o resultado do teste rápido positivo para iniciar o tratamento, que é feito com a administração de medicamentos. 

O uso de preservativos, tanto femininos como masculinos durante todas as relações sexuais é a maneira mais segura de prevenir a doença. O acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita. No ano passado, a SVS distribuiu 980.844 preservativos masculinos e 42.250 femininos em todo o estado. 

Fases clínicas da doença

Sífilis primária - nesta fase, um dos sinais é a presença de ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias, normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços dolorosos) na virilha.

Sífilis secundária - os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial como manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés; febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis latente - não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária - pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção. Os sinais são lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas. Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo.

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