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Governo do Amapá capacita profissionais de saúde que atuam na assistência à gravidas com toxoplasmose

A partir do treinamento, será possível fortalecer e garantir a precisão do diagnóstico e tratamento da doença.

Por Mônica Silva
25/10/2023 14h35

A doença é uma infecção muito comum, mas com manifestação de sintomas raros

O Governo do Amapá promoveu nesta quarta-feira, 25 uma capacitação para enfermeiros, farmacêuticos e médicos de Macapá e Santana que atuam na assistência de gestantes com toxoplasmose, congênita ou adquirida, uma infecção muito comum, mas com manifestação de sintomas raros. A doença pode ser transmitida para o feto e levar ao aborto, danos neurológicos, deficiência mental e convulsões. 

O treinamento, realizado pela Coordenação de Doenças Hídricas e Alimentares da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), teve como proposta aperfeiçoar e qualificar os profissionais envolvidos no fluxo de atendimento das pessoas portadoras de toxoplasmose, assim como o sistema de vigilância epidemiológica desse agravo.

“Essa qualificação vai refletir na melhoria dos nossos atendimentos e dados, tanto de mortalidade materna quanto de mortalidade infantil. Aqui nós temos a oportunidade de orientar o profissional de como deve identificar, notificar e iniciar o tratamento precocemente, que contribui para evitar a toxoplasmose congênita, que é transmitida da mãe para o bebê”, explicou a superintendente da SVS, Claudia Monteiro.

A enfermeira, Vanessa Silva Melo, do Hospital da Mulher Mãe Luzia, principal unidade de atendimento de grávidas de Macapá, participou do evento e destacou que a capacitação vai aperfeiçoar ainda mais seu desempenho no trabalho.

“Essa formação vai me permitir melhorar, alinhar e unir as vigilâncias para que essas informações cheguem na ponta, onde acontecem os atendimentos”, pontuou.

Anna Byatriz Melo, gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) da SVS, explicou que cerca de 90% das pessoas que contraem a toxoplasmose não manifestam nenhum sintoma. Os outros 10% podem apresentar aumento de gânglios, febre, dor muscular e de cabeça (podendo durar semanas).

“Nesse sentido, resolvemos promover essa capacitação para que os profissionais estejam atentos aos novos fluxos de conduta da triagem pré-natal, pós-natal e neonatal, para que sejam identificados precocemente as infecções agudas e tratadas em tempo oportuno", pontuou.

A enfermeira Marilsa Monte, do município de Santana, também avaliou o treinamento como determinante para melhorar o atendimento. “Nós profissionais que atuamos na linha de frente da assistência da toxoplasmose, precisamos estar sempre atualizados. O momento enriqueceu meus conhecimentos”, disse.

Registros no Amapá

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, em 2022 foram registrados 104 casos de toxoplasmose gestacional e 54 de toxoplasmose congênita, em todo o estado. Em 2023, de janeiro ao dia 15 de outubro, foram 55 registros da toxoplasmose gestacional e 54 congênitas.

Sobre a toxoplasmose

A infecção humana pelo Toxoplasma gondii geralmente é acidental e ocorre por via oral, por meio da ingestão de carne mal cozida (geralmente porco ou cordeiro) contendo cistos teciduais, ou água ou alimentos contaminados com oocistos provenientes de fezes de felinos e pode ocorrer pele contato com as fezes de felinos.

Existem 3 grupos de riscos:

Toxoplasmose gestacional ou Toxoplasmose adquirida na gestação, é quando a mãe é infectada durante a gestação podendo ter sintomas ou não. O bebê pode ser infectado durante a gestação. A doença tem tratamento com uso de antiparasitários com a finalidade de prevenir a toxoplasmose congênita. 

Toxoplasmose congênita (recém nascidos até 1 ano de idade). Durante a gestação eles são infectados via placentária, quando a mãe não faz o tratamento adequado durante o pré-natal, o bebê adquire toxoplasmose congênita ao nascer, podendo apresentar as seguintes sequelas: cegueira, surdez, doenças neurológicas, déficit mental e etc. O recém-nascido também faz tratamento até 1 ano de idade.

Pessoas imunodeprimidas, com HIV, câncer e baixo sistema imune. A pessoa infectada adquire a fase aguda da doença podendo causar sintomas ou não, é caso não busque o tratamento adequado, pode ter sequelas como: neurológicas, oculares e outras.

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