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'Expor nosso artesanato é compartilhar nossa história e origem', conta artesã indígena na 1ª Folia Internacional do Amapá

Arawajé Wayana, da etnia Wayana Aparaí, é uma das empreendedoras do evento que reúne literatura e cultura.

Por Crystofher Andrade
27/10/2023 19h02

A indígena Arawajé Wayana, de 45 anos, trabalha com os produtos artesanais desde jovem

O artesanato indígena e afro-amapaense também é destaque na 1ª Folia Literária Internacional do Amapá. O evento, que ocorre no Parque do Forte, na orla de Macapá, também reúne artistas dos povos originários na "Feira Artesanal Regatão", ao longo dos três dias de programação, que segue até domingo, 29.

Os visitantes podem encontrar no espaço, artesãos amapaenses que comercializam seus produtos feitos à mão, por preços acessíveis. A indígena Arawajé Wayana, de 45 anos, trabalha com os produtos desde jovem. Para ela, expor seus acessórios é compartilhar sua ancestralidade.

"Vender nosso artesanato é compartilhar nossa história, nossas origens e levar a cultura da minha família a todos que vêm nos visitar. Os acessórios carregam um peso muito grande quando se trata do passado. Além disso, é importante porque conseguimos uma renda extra comercializando o que vem de muito tempo", comenta a artesã.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA 1ª FOLIA LITERÁRIA INTERNACIONAL DO AMAPÁ

Arawajé pertence a etnia indígena Wayana Aparaí, que vive na região próxima à fronteira com a Guiana Francesa. Ela é mestranda em pedagogia, mas diz que viver do artesanato é sua verdadeira paixão.

"Mesmo tendo trabalhado com a docência, ser artesã e produzir acessórios da minha etnia é uma paixão que sempre vou carregar comigo", concluiu.

A professora Iraceli Cantuária, de 62 anos, adquiriu um dos produtos vendidos na feira e afirma que prestigiar a cultura é enaltecer o passado.

"É importante que este evento esteja reconhecendo nossa cultura. Valorizo muitíssimo as bijuterias que nossos indígenas fazem. São todos muito lindos e bem feitos", comenta a professora.

Feira Artesanal Regatão

O nome ‘Regatão’ é uma referência à embarcação utilizada no passado para vender produtos como alimentos, roupas e sapatos aos ribeirinhos pelos rios amazônicos, em um verdadeiro comércio fluvial, já que essas pessoas tinham dificuldade para se deslocar até a cidade. 

Hoje em dia, o Museu Sacaca, em Macapá, mantém um barco que é uma réplica do regatão, com produtos expostos, como se estivesse pronto para atravessar os rios, indo de encontro ao povo ribeirinho. O público pode visitar a embarcação, que faz um percurso pelo igarapé que atravessa o museu.

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