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Histórias contadas pelo escritor Celso Sisto encantam visitantes da Folia Literária Internacional do Amapá

A arte de contar e formar leitores foi destaque no 1º dia de evento, que segue até domingo, 29.

Por Cristiane Nascimento
27/10/2023 19h00

Celso Sisto apresentou um pouco da arte de contar histórias

Quem visitou o primeiro dia da Folia Literária Internacional do Amapá, promovida pelo Governo do Estado no Parque do Forte, em Macapá, também participou de oficinas, exposições e palestras com renomados escritores e poetas. Uma das mais disputadas foi a do contador de histórias Celso Sisto. O carioca tem mais de 80 livros publicados.

Com o tema "Contar histórias: uma questão de performance", Sisto falou para quem foi ao Barracão das Palavras Mauro Guilherme montado na "Cidade Literária", sobre a importância e urgência de formar novos leitores e narradores no Brasil.

"Quando você afeta o outro com a história que você contou, o desejo de pegar aquele livro na mão, de ler, de ouvir de novo, é imenso, se você se comunicou com o seu público. A gente tem uma responsabilidade grande, formar leitores é urgente neste país. Não é uma função só dos contadores de história, mas o Estado tem um papel nisso, fundando bibliotecas, renovando acervos. Já as famílias têm uma importância nesse processo e esse conjunto de ações é fundamental para que a gente possa ter um país de leitores", ressaltou o contador.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA 1ª FOLIA LITERÁRIA INTERNACIONAL DO AMAPÁ

Celso Sisto destacou ainda que a ideia é promover um compartilhamento de saberes e colaborar com o surgimento de novos contadores de histórias.

"Aqui a gente está promovendo uma troca de conhecimento, no sentido de melhorar o nosso aparato técnico como contador de histórias, mas isso só funciona, se formos antes de tudo, leitores e apaixonados pela história que a gente conta. A gente espera despertar nas pessoas a vontade de colocar no papel as suas narrativas, sem abrir mão da sua emoção, da sua identidade, da descoberta da sua linguagem, porque uma coisa fundamental para quem escreve é descobrir a sua voz", pontuou o carioca.

Escritor, ilustrador, professor universitário e contador de histórias, Celso Sisto tem mais de 80 livros publicados para crianças e jovens. Ele já recebeu vários prêmios por sua obra, entre eles, o de "Autor Revelação", de 1994, e "Ilustrador Revelação", de 1999. Ele conta que não vinha ao Amapá há mais de 20 anos.

"É um privilégio a gente estar aqui na beira do Rio Amazonas e isso já é suficientemente forte pra gente se sentir brasileiro. Acho que pra gente ser brasileiro, a gente tem que pelo menos uma vez na vida, ter visto o Rio Amazonas de perto", disse, empolgado.

Ele explicou que a performance do contador de histórias é fazer com que ela saia do papel e fique viva na frente do ouvinte, do espectador e para isso ele precisa conjugar o domínio do corpo, da voz e do texto.

"Esses três elementos são o tripé da história e você precisa dele para que essa performance e essa história fique viva na frente do outro, mas isso também precisa ser transpassado pela emoção, que precisa estar incandescente nessa história viva, se não ela não incendeia o outro", concluiu Sisto.

A funcionária pública Ivanete Chermont fez questão de ir logo no primeiro dia de Folia Literária. Ela se encantou com a palestra de Sisto e garante que foi um incentivo para reforçar a leitura na família. Ela também aproveitou para visitar todos os espaços da "Cidade Literária".

"Estou assistindo, visitando todos os barracões e estou achando muito interessante. Tem muita coisa para ver e apreciar. Aqui ouvindo essa contação de histórias a gente se inspira a incentivar e a também contar histórias para as nossas crianças", disse Ivanete.

1ª Folia Literária Internacional do Amapá

Essa é a primeira programação voltada para a valorização da literatura, do livro e da leitura em 10 anos no Amapá. A feira integra o plano de gestão do Governo do Amapá, que é realizada em parceria com as Organizações Culturais da Amazônia (OCA Produções), com o apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

A primeira edição homenageia os escritores e poetas Ivo Torres e Alcy Araújo (in memoriam). São 54 artistas amapaenses, e 14 artistas de outros estados e países, como São Paulo, Alagoas, Amazonas, Roraima, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Pará, Rio Grande do Sul, e Guiana Francesa e Índia.

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