Escritores da literatura amapaense debatem sobre a prosa durante 1ª Folia Literária Internacional do Amapá
Gênero literário foi destaque na mesa-redonda com participação dos autores Elton Tavares e Lulih Rojanski e mediada pelo poeta Paulo Tarso.
Público pôde interagir com grandes nomes da literatura amapaense
Os escritores Elton Tavares e Lulih Rojanski conduziram o debate "O cotidiano e o extraordinário na prosa", sob mediação do poeta Paulo Tarso, durante a 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, no domingo, 29, no barracão das Multivozes Aracy Mont'Alverne, no Parque do Forte, em Macapá.
O debate abordou a prosa, gênero literário que é bastante utilizado pelos autores em suas produções, já que relata o cotidiano. Apesar de ter nascido no Maranhão, o poeta Paulo Tarso vive no Amapá há mais de 40 anos. Ele defende que a leitura é a chave para ser um bom escritor.
“A leitura vem muito antes da escrita. Você tem que ser um bom leitor para se tornar um bom escritor, porque não existe literatura sem livro, sem conhecimento, sem reflexão, sem informação. Afinal, você vai escrever através das experiências”, pontuou Paulo Tarso.
Assim como Paulo Tarso, a escritora paranaense Lulih Rojanski também adotou Macapá para morar e desenvolver seu trabalho. Autora de livros como ‘Lugar da Chuva’, ela acredita no extraordinário como ponto chave na arte de escrever.
“Para escrever, você parte do cotidiano e, em algum momento, a personagem vai viver algo extraordinário, e é isso que faz com que o leitor se envolva. Quando não existe o extraordinário dentro da leitura, o leitor costuma dizer que aquele livro é chato. Sobre o evento, fiquei impressionada com a quantidade de público, porque é exatamente isso que a gente esperava, esse contato com o nosso público leitor é emocionante”, compartilhou Lulih. Durante o debate, o público conheceu um pouco mais da trajetória do escritor e jornalista Elton Tavares. Proprietário do blog amapaense 'De Rocha', ele escreve há 18 anos e tem dois livros publicados: ‘Crônicas de Rocha sobre bênçãos e canalhices diárias’ e 'Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo'.
"O evento é um marco na cultura amapaense para a literatura, dando oportunidade para todos os atores da cultura do estado. Tenho a esperança de que a literatura do Amapá seja ainda mais consumida fora do estado. A Folia Literária, sem dúvida, é um divisor de águas na história do Amapá”, comentou o escritor.O debate encerrou com a participação dos escritores e público presente, entre eles, a professora de língua portuguesa há 20 anos e cantora Nilcelea Câmara.
“Falar sobre o cotidiano, o extraordinário na prosa e todo esse processo de produção é encantador. Em especial, para quem ama literatura, essa mesa foi muito importante, porque trouxe grandes autores que são referência para a literatura amapaense”, frisou a professora.
Promovida pelo Governo do Amapá, a Folia Literária foi uma grande oportunidade para que as pessoas pudessem conhecer melhor a literatura amapaense através do “Corredor Cultural”.
Um dos curadores da Folia Literária é o artista Joãozinho Gomes, que avaliou como positiva a iniciativa do Governo do Estado.
"Acho que nos alcançamos nessa primeira edição, tudo que nós queríamos alcançar, porque nós conseguimos atrair a comunidade para dentro do evento, principalmente a comunidade infantil. Esperamos ter despertado a vocação literária das pessoas, para as próximas edições. Creio que depois de um evento grandioso, conseguimos colocar o Amapá no mapa da literatura global, que começa a ser enxergado como polo da literatura", afirmou o artista1ª Folia Literária Internacional do Amapá
Ao longo de três dias, a 1ª Folia Literária Internacional do Amapá levou incentivo à leitura e programação cultural ao Parque do Forte, às margens do Rio Amazonas, na orla de Macapá. O evento, que reuniu renomados escritores do país e outras partes do mundo, realizou uma vasta programação com palestras, oficinas, apresentações culturais e shows musicais.
A estrutura da feira, que marca a retomada após 10 anos de festivais que contemplem a literatura amapaense, contou com mais de 20 boxes e 2 barracões, onde foram realizadas várias atividades de expressões artísticas. Além disso, o espaço teve o Corredor Literário, com estandes de livrarias e a Cápsula do Tempo Virtual, do “Amapá 80 Anos”.
A primeira edição homenageou os escritores e poetas Ivo Torres e Alcy Araújo (in memoriam). Foram 54 artistas amapaenses, e 14 artistas de outros estados e países, como São Paulo, Alagoas, Amazonas, Roraima, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Pará, Rio Grande do Sul, e Guiana Francesa e Índia.
A feira integra o plano de gestão do Governo do Amapá e é realizada em parceria com as Organizações Culturais da Amazônia (OCA Produções), com o apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).
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