Amapá tem queda de mais de 54% no número de homicídios em outubro, apontam Forças de Segurança
Dados foram apresentados nesta quarta-feira, 1º, e são decorrentes das operações Hórus e Paz.
As operações fazem parte do acordo entre o Governo do Estado e o Ministério da Justiça
O Governo do Amapá divulgou o balanço da atuação policial no combate ao crime com as ações das operações Hórus, Paz e Mute, que resultaram na queda de 54,76% no número de Crimes Violentos Letais Intencionais, no período de setembro a outubro deste ano, além da apreensão significativa de armas e drogas. A apresentação do balanço aconteceu na quarta-feira, 1º.
Em setembro, mês de início da Operação Paz, foram 42 homicídios registrados no Amapá, enquanto o mês de outubro fechou com o registro de 19 ocorrências deste tipo.
Ainda em outubro, as ações ganharam o reforço da Operação Mute, com foco no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). Os dados são um compilado da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), cadastrados no Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça.
As operações fazem parte do acordo entre o Governo do Estado e o Ministério da Justiça, e estão dentro do planejamento estratégico da segurança pública pela paz social no Amapá, com objetivo de implementar ações de prevenção, vigilância, com ações de inteligência, investigação, repressão e prevenção às ocorrências de crimes violentos.
“Foi um reforço significativo da Polícia Militar, no policiamento preventivo nas nossas ruas em Macapá, em Santana e em todo o estado. A maior eficiência da Polícia Civil que conseguiu concluir uma quantidade considerável de inquéritos policiais, determinando a autoria de crimes violentos e realizando a prisão dos culpados. Estamos tendo resultados extremamente eficientes”, destacou o secretário de Segurança, José Neto.
Apreensão de Armas
De setembro a outubro de 2023, foram 125 armamentos retirados das ruas, em todo o estado, durante as investidas policiais. No mesmo período de 2022, foram 74 armas apreendidas.
Outros Indicadores da Hórus e Paz
Em setembro e outubro pelas duas operações, foram apreendidas 1,4 mil porções de droga, aproximadamente 51 quilos de entorpecentes;
Cerca de 16 mil pessoas foram abordadas;
Mais de 7,4 mil veículos foram fiscalizados;
Foram montadas 634 barreiras policiais em vários pontos estratégicos de atuação das operações;
46 pessoas foram presas por estarem com mandado de prisão em aberto na Justiça ou por descumprimento de ordem judicial;
A Polícia Civil concluiu 2,4 mil inquéritos.
“Os dados mostram a eficácia do trabalho policial e das operações realizadas. É resultado do trabalho integrado entre os setores de inteligência e os grupos de operações. Essa é uma das preocupações prioritárias da Sejusp, que é a de fazer o enfrentamento das guerras entre os grupos criminosos e, de fato, conseguir prender as pessoas envolvidas, tendo eficiência no nosso sistema penitenciário”, concluiu José Neto.
Operação MuteA Operação Mute, que aconteceu de 16 a 29 de outubro no Iapen, contra a comunicação ilícita dentro da unidade prisional, apreendeu neste período 134 aparelhos celulares.
A ação contou com o trabalho operacional de 139 policiais penais e foi coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, em parceria com 24 estados e aconteceu em 76 penitenciárias do país, com incursões táticas e operacionais de agentes no objetivo de identificar e retirar celulares das unidades prisionais para barrar a comunicação de grupos criminosos e reduzir os índices de violência nas cidades.
“Temos conseguido manter o que defendemos desde o início da gestão, que é reduzir a comunicação de criminosos dentro do sistema penitenciário com os criminosos que estão nas ruas. Conseguimos apresentar, junto com esse trabalho integrado de Polícia Militar, Polícia Civil e Sejusp, os resultados positivos para a sociedade, que é a diminuição dos crimes violentos”, disse Luiz Carlos Gomes Jr, diretor do Iapen.
O diretor destaca, ainda, o funcionamento da nova unidade prisional, que recebeu o nome do policial penal José Eder, falecido em 2021, e estabelece um novo padrão de segurança nos moldes dos presídios federais.
O espaço contempla muralha e torres de vigilância interligadas, sistema de monitoramento com mais de 40 câmeras, além de novos protocolos de acesso de pessoas e materiais. Possui, ainda, portais de detecção e escâneres corporais e de bagagem.
“Estabelecemos dentro da unidade prisional os novos protocolos de segurança que nos dão mais rigor na entrada de pessoas e materiais. Com esse trabalho estamos conseguindo interromper a comunicação entre os criminosos. Além disso, intensificamos os trabalhos de revista, de fiscalização, e revemos também dentro das unidades prisionais, os protocolos de segurança”, explicou Gomes Jr.
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