Governo do Amapá garante suporte para estudantes do Bailique participarem do Enem 2023 na zona urbana de Macapá
Jovens recebem apoio com deslocamento, estadia, alimentação e revisão de conteúdos escolares. Aplicação das provas não ocorre no arquipélago desde 2019.
Jovens são alunos de três escolas estaduais do arquipélago
O Governo do Amapá garante suporte com deslocamento, estadia, alimentação e revisões de conteúdos escolares para 28 estudantes do arquipélago do Bailique, pertencente a Macapá, participarem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na zona urbana da capital. As provas acontecem neste domingo, 5, e no dia 12 de novembro.
Os jovens também poderão participar do 'Aulão da Central do Enem', realizado pelo Governo do Amapá nesta sexta-feira, 3, e no dia 10 de novembro, no Estádio Milton de Souza Corrêa, o Zerão, com foco na preparação de estudantes da rede pública para as avaliações.
A coordenadora de Educação Básica e Educação Profissional da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Arnanda Oliveira, responsável pela organização do 'Aulão da Central do Enem', explicou que, inicialmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou um polo de aplicação da prova no arquipélago, mas esse plano mudou há duas semanas.
Diante deste cenário, a Seed criou um grupo de trabalho para possibilitar o deslocamento dos alunos até a zona urbana e oferecer alguns dias de revisão das disciplinas."Esses jovens obtiveram autorização dos pais e liberação do serviço para fazer a viagem. Acreditamos muito que eles serão capazes de realizar boas provas", considerou a coordenadora.
Dos 28 estudantes em Macapá, dois são da Escola Estadual Benevenuto Soares Rodrigues, três da Escola Estadual Professora Nair Cordeiro Marques e os outros 22 são da Escola Bosque. Entre eles, está Gilmara Barbosa, de 18 anos, da comunidade Jaranduba e aluna da Escola Bosque, compartilhou seu sonho de cursar direito na Universidade Federal do Amapá (Unifap) ou obter uma bolsa de estudos em faculdades particulares.
“Quero ser promotora de justiça um dia. E para nós, do Bailique, é uma oportunidade muito boa estar aqui hoje. Eu e meus colegas estamos cansados, mas sabemos que isso tudo vai valer à pena”, contou Gilmara.
DesafiosA última vez que a avaliação do Enem foi realizada no arquipélago foi em 2019, como recordou o pedagogo Gabriel Soares Rocha, de 32 anos. Nos últimos anos, as provas ocorreram dentro da capital, o que sempre foi um desafio para os alunos que se dedicam ao exame.
Para chegar à capital, os estudantes de quatro instituições de diferentes comunidades do distrito, localizado a 200 quilômetros da capital, enfrentaram uma viagem de 18 horas de barco até Macapá. Eles estão alojados no Ginásio de Esportes Avertino Ramos. Já as refeições e as revisões para a prova ocorrem no Colégio Amapaense.
Gabriel ainda mencionou que a adesão dos estudantes ao Enem sempre foi baixa, mas, devido a um trabalho ativo dos gestores na comunidade, esse número tem aumentado ano após ano.
"Para eles, tudo isso é novo. Certamente será mais uma motivação para se esforçarem e fazerem uma boa prova. Eles estão muito motivados por causa disso", comentou o professor.
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