Governo do Estado e ANP debatem sobre potencial energético e parcerias para desenvolvimento de pesquisas no estado
Objetivo é que o Amapá possa acessar fomentos disponíveis pela agência para projetos em várias áreas.
ANP é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil
O governador Clécio Luís, reuniu nesta segunda-feira, 13, com os diretores da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Daniel Maia Vieira e Cláudio Jorge, no Palácio do Setentrião, em Macapá, para tratar sobre o potencial petrolífero do Amapá e a proposta de parcerias para o desenvolvimento de pesquisas e inovação no estado.
Vinculada ao Ministério das Minas e Energia, a ANP é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil, desde 1998.
“Nós estamos lutando para termos a possibilidade de pesquisar, para depois ter a sonhada produção de petróleo e gás no Amapá. Por meio do senador Davi Alcolumbre, a agência está aqui no estado também para conhecermos as possibilidades de desenvolvimento através de parcerias que podem ser geradas por financiamentos pela exploração do petróleo e gás no Brasil, recursos como da Petrobras para o esporte, a cultura e pesquisa em ciências, inovação e tecnologias. Nós temos a oportunidade de começar a nossa exploração de produção de petróleo e gás, fazendo diferente, se preparando para o futuro, com incentivo também nas pesquisas para um processo de transição energética, saindo da matriz do petróleo para outras formas como, hidrogênio verde, energia solar e energia eólica. Nós temos grande potencial nessas três áreas”, enfatiza o governador, Clécio Luís.
Durante o encontro a ANP apresentou a estratégia de atuação no incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inovação. A agência dispõe de fomentos para investir em projetos de várias áreas da educação, recursos humanos, empreendedorismo, ciência e inovação. De acordo o diretor da agência, Daniel Maia Vieira, a intenção da visita institucional, também é conhecer um pouco mais da realidade do estado."O objetivo da Agência Nacional do Petróleo é mostrar um pouco da nossa estratégia no desenvolvimento da indústria, não apenas da exploração e produção do petróleo, como já tem sido bastante falado ao longo desse ano pelas potencialidades da margem equatorial e o benefício que isso pode trazer. Mas, principalmente no desenvolvimento de pesquisas, conforme estratégia da Agência Mundial de Transição Energética, para novos combustíveis; combustíveis sustentáveis e as potencialidades associadas a investimentos e recursos no setor de biológicas, nesse tema de proteção ambiental. É o que a gente quer apresentar aqui para o governo", destacou o diretor da ANP.
De acordo com os diretores da ANP, é necessária uma expansão e descentralização dos investimentos para todas as regiões do país. Hoje, boa parte dos recursos para pesquisa e desenvolvimento está alocada no Sul e no Sudeste.“A ANP visitou alguns blocos aqui na bacia da Foz do Amazonas. Há 200 e mais 250 quilômetros da margem. Então, com a descoberta da Guiana e do Suriname, de petróleo, a gente entende que aqui é um potencial muito grande de se encontrar o combustível. A Petrobras está junto ao Ibama, em busca do licenciamento ambiental para fazer esses estudos. Ela já tem toda a infraestrutura, a plataforma e todos os estudos ambientais garantidos. Só está aguardando o momento do licenciamento para começar o primeiro posto e fazer os estudos necessários para as descobertas. Assim os recursos serão mais diretamente realocados para a região”, reforçou Daniel Vieira.
O vice-governador Teles Júnior ressaltou a importância do alinhamento para ratificar parcerias com a Agência Nacional de Petróleo visando o desenvolvimento estratégico das ações nas inúmeras áreas que serão beneficiadas no estado.
“Nós estamos nos antecipando ao eventual processo de uma cadeia produtiva que vai surgir no estado, que é a cadeia de petróleo e gás. Isso é importante porque a gente pode começar de forma diferente, sem cometer os erros que aconteceram, por exemplo, no Rio de Janeiro, onde houve uma crise fiscal, em função da dependência dos royalties do petróleo”, explicou o vice-governador Teles Júnior.
O encontro, também contou com a presença do deputado federal, Dorinaldo Malafaia, deputado estadual, Delegado Inácio, secretários de governo e representantes de instituições de ensino e pesquisa do estado.
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