Governo do Estado define com Governo Federal e municípios ações humanitárias para afetados por seca no Amapá

Encontro reuniu responsáveis por organizar rápida resposta à situação de emergência no Amapá

O Governo do Estado alinhou novas estratégias para as ações humanitárias que buscam socorrer as pessoas afetadas pelas situações de emergência no Amapá em função de interferências climáticas. Em reunião híbrida, de forma presencial e por videoconferência, na terça-feira, 14, o governador Clécio Luís e o ministro Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, lideraram as tratativas que nos próximos dias vão ajudar a população em vulnerabilidade.

Os danos registrados são causados pela estiagem com ocorrência em todo o estado, que provoca focos de queimada, seca, morte de animais, afeta a pesca e pecuária, além dos casos de malária e da salinização das águas do rio. Em menos de um mês, cinco municípios decidiram decretar emergência: Tartarugalzinho, Amapá, Pracuúba, Vitória do Jari e Santana.

"Essa foi uma reunião muito importante porque nos deu um novo panorama do que os municípios estão enfrentando. Dessa forma, vamos conseguir, juntos, de forma alinhada, traçar as estratégias de enfrentamento das várias emergências que estamos vivenciando no Amapá e dando pronta resposta à população", destacou o governador.

Participaram do encontro a equipe técnica do Governo, das secretarias de Pesca, Defesa Civil, Desenvolvimento Rural, Assistência Social, e Caesa; o prefeito Carlos Sampaio, presidente da Associação dos Municípios do Amapá; o deputado federal Dorinaldo Malafaia; o presidente da Federação dos Pescadores (Fepap), Leidinaldo Gama; além dos prefeitos de Tartarugalzinho, Santana e Vitória do Jari.

"Decidimos nos reunir para definir os próximos passos, porque são decisões que precisam estar bem alinhadas com o governador, os prefeitos e as equipes. Deixo claro aqui a atuação na transversalidade do Governo Federal, porque quando a situação de emergência é reconhecida, rapidamente a gente se articula aqui em Brasília com o Ministério da Saúde e com o Ministério do Desenvolvimento Social", explicou o ministro Waldez Góes.

Bala Rocha, prefeito de Santana, informou que também decidiu decretar situação de emergência no município a partir desta terça-feira em função da estiagem e dos focos de calor. 

O Núcleo de Hidrometeorologia e Energia Renováveis (NHMET), do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), registrou uma maior concentração de focos de calor em Santana entre domingo e esta terça-feira, período em que os moradores do município sentiram ainda mais a fumaça. Além disso, o prefeito relatou consequências para pescadores e o acesso a água tratada.

"Um fumaceiro toma conta agora de Santana, e estamos muito preocupados com a questão da saúde. Estou desde ontem reunido com a minha equipe e com o Corpo de Bombeiros, e a decisão que nós adotamos foi de também decretar a situação de emergência aqui em Santana. Nós vamos recorrer à Brasília e ao Estado principalmente nessa questão dos pescadores, e também na escassez da água potável", afirmou Bala Rocha.

As ações humanitárias do Governo nesta condição de situação de emergência têm chegado também na região litorânea do estado, especialmente na Vila do Sucuriju, no município de Amapá, e no Arquipélago do Bailique, em Macapá. O Governo entregou cestas básicas de alimentos e água potável para famílias dessas áreas.

"Nós estamos fazendo uma ação que, por um lado é humanitária, mas que, por outro lado, quer resolver de forma estrutural esse fenômeno que vai durar ainda por algum tempo", completou o governador Clécio Luís.

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