'Antes até tínhamos dificuldades, mas não como agora', conta pescador sobre a escassez de água potável no Bailique
João Oliveira, 50 anos, atendido durante ação humanitária do Governo do Estado, destacou a salinização do rio.
Atualmente, vivem cerca de 13 mil pessoas no Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá
O Governo do Amapá finalizou, neste sábado, 18, a ação humanitária no Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, ofereceu serviços de educação, saúde, esporte e agricultura para as famílias das várias comunidades, que atualmente enfrentam o problema da salinização das águas do Rio Amazonas e as consequências da estiagem.
Para garantir segurança alimentar para a população da região, a Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (Sims) entregou para os moradores do distrito 2 mil kits de alimentos e 2 mil kits de água potável.
O pescador João Oliveira, de 50 anos, é da comunidade de Igarapé do Meio, ele conta que durante os 33 anos em que vive na região, infelizmente está vivenciando um dos momentos mais difíceis para a população no arquipélago.
"Esse apoio aqui do Governo do Estado está sendo importante para nós. Antes nós tínhamos algumas dificuldades aqui na comunidade, mas não como estamos vivendo agora com o rio ficando cada vez mais de água salgada. Eu espero muito que melhore, nossa vida está aqui, nossa casa, família, amigos", relata o pescador.
Todas as 58 comunidades do arquipélago foram atendidas e receberam a visita de uma equipe multiprofissional da Sims, cadastrando as famílias para que pudessem ser contempladas com as cestas de mantimentos.A pescadora Edilene Lobato, de 36 anos, nasceu no Bailique e vive na comunidade de Jangada, ela conta que antes do fenômeno da salinização atingir a região, os problemas com água potável existiam, mas não na proporção que se encontra atualmente.
"A cada ano que passa tem ficado mais forte e quando chega nesse período, sofremos muito com o problema da água. Eu que vivo da pesca, não consigo mais pegar a mesma quantidade de antes, os peixes estão sumindo", afirma Edilene.
Atualmente, vivem cerca de 13 mil pessoas no Arquipélago do Bailique, um conjunto de oito ilhas que fica a 180 quilômetros da capital. São 57 comunidades banhadas pelo Rio Amazonas, com acesso apenas por via fluvial.A ação também conta com o apoio do senador Davi Alcolumbre, do ministro da Integração Regional, Waldez Góes e tem participação da empresa CEA Equatorial, com o programa Luz Para Todos.
Situação de emergência
O governador, Clécio Luís, decretou situação de emergência na costa do Amapá devido à escassez de água potável em localidades como o Bailique e a Vila Sucuriju, no município de Amapá. A medida facilita tomadas de decisões para auxiliar os moradores com a entrega de itens como água potável.
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