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Governo do Amapá intensifica atendimento humanizado de controle e combate à malária em Calçoene

Mais de 600 pessoas já receberam assistência com busca ativa por casos da doença, testagem rápida e entrega de medicamentos.

Por Mônica Silva
05/12/2023 08h05

Na região, 107 testes da doença apresentaram resultado positivo, os pacientes receberam medicamento e seguem o tratamento com acompanhamento de saúde

O Governo do Amapá segue com as ações de enfrentamento ao aumento nos casos de malária no estado. Em Calçoene, localizado a 370 km de Macapá, foi intensificada a assistência humanizada de saúde para população, desde o dia 25 de novembro. A iniciativa faz parte da estratégia para controlar e combater o avanço da doença na região.

De acordo com dados da Superintendência de Vigilância do Amapá (SVS), que está no município coordenando as atividades, até o dia 2 de dezembro, 667 pessoas foram atendidas pela ação, que prevê a busca ativa por casos da doença, de casa em casa, testagem rápida, entrega de medicamentos, distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida para camas e orientação sobre prevenção e tratamento adequado da malária.

Raimundo José Bezerra da Silva, de 61 anos, é um dos moradores beneficiados com a estratégia. Ele conta que passa a maior parte do tempo nos garimpos e não consegue cuidar adequadamente da saúde.

“Já largo serviço muito cansado, é difícil me deslocar daqui para buscar atendimento. Hoje o pessoal da saúde veio até aqui e eu pude fazer o teste rápido e receber orientações sobre como prevenir a malária”, relatou o garimpeiro.

Outro morador que também recebeu ajuda e acompanhamento técnico e médico das equipes em campo foi José Inaldo Pereira, de 58 anos, que trabalha no “garimpo do panela”. 

“Fiz o teste, recebi orientação de como me prevenir da malária e agora estou mais tranquilo para trabalhar e seguir minhas atividades”, comentou Inaldo Pereira.

Para Claudio Ferreira dos Santos, de 58 anos, a distância e falta de transporte até a Vila do Lourenço são as maiores dificuldades que a população enfrenta para buscar atendimento especializado.

“A locomoção é muito ruim, sem contar com a falta de tempo, esse atendimento foi o que viabilizou meu teste e orientação, além de conhecer maneiras de combater o mosquito causador da doença”, enfatizou Cláudio.

Ainda segundo o relatório da SVS, do total de pessoas assistidas, 490 atendimentos ocorreram durante a busca ativa e 43 testes apresentaram resultado positivo, os pacientes receberam medicamento e seguem o tratamento com acompanhamento dos técnicos de saúde do município de Calçoene.

No prédio da Vigilância em Saúde de Lourenço, outras 177 pessoas receberam atendimento, 64 testaram positivo para doença e também já estão em tratamento.

“Controlar e combater a malária não é uma tarefa fácil. Exige a participação de todos. É preciso que a população e os profissionais de saúde estejam juntos nessa missão e estamos bem otimistas com os resultados em Calçoene, a comunidade tem atendido aos nossos chamados”, disse a superintendente da SVS, Claudia Monteiro.

A estratégia conta com o apoio da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) e de agentes de saúde e endemias dos municípios de Calçoene, Tartarugalzinho e Ferreira Gomes.

Situação de emergência

O Governo do Amapá publicou em novembro, decreto sobre os municípios em situação de emergência, devido ao aumento no número de casos de malária registrados no estado. O documento, assinado pelo governador Clécio Luís, amplia as ações de controle e combate da doença.

Registros

Dados da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) mostram que em 2022, de 1° de janeiro ao dia 4 de dezembro, o Amapá registrou 2.375 casos de malária, desse total, 675 foram em Calçoene, 429 em Porto Grande, 393 em Oiapoque, 384 em Pedra Branca, 161 em Macapá, 129 em Mazagão e 17 em Santana.

Já este ano, no mesmo período, os números saltaram para 4.330 casos confirmados em todo o Amapá, sendo 2.365 em Calçoene, 777 em Oiapoque, 464 em Pedra Branca, 282 em Macapá, 110 em Santana e 63 em Mazagão.

Malária

A malária é uma doença tropical causada pelo protozoário plasmodium, que infecta o mosquito Anopheles. A doença é transmitida ao homem pela picada da fêmea do mosquito. A melhor forma de prevenção é se proteger do inseto, no entardecer e amanhecer, e controlar os vetores de transmissão.

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