Agência de Notícias do Amapá
portal.ap.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
LOCALIDADES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A

Selo Amapá protagoniza discussões na COP 28 sobre reconhecimento da bioeconomia da Amazônia

Benefícios da certificação e impasses foram tratados pelo governador Clécio Luís na conferência da ONU.

Por Fabiana Figueiredo
06/12/2023 12h00

Governador demonstrou na COP 28 a importância dos produtos com o Selo Amapá

O reconhecimento da indústria da bioeconomia da Amazônia por meio do "Selo Amapá" foi destacado pelo governador do Estado, Clécio Luís, na terça-feira, 5, durante as discussões da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28).

Ao lado de gestores que integram o Consórcio da Amazônia Legal e de cidades amazônicas do Equador e do México, Clécio Luís apresentou as perspectivas da produção amapaense durante o painel "Sistemas Agroalimentares: cadeias produtivas sustentáveis, bioeconomia, inclusão produtiva" e indicou soluções sustentáveis como legados que devem ser deixados para a região a partir da COP 30, a COP da Amazônia, que será realizada em Belém (PA).

O programa que certifica a originalidade de produtos da Amazônia amapaense foi criado em 2017, e incorpora aos rótulos e embalagens um conceito de credibilidade e valor socioambiental. Atualmente, são mais de 190 empresas que comercializam quase 1 mil produtos com o Selo Amapá, que vão desde castanhas in natura de comunidades tradicionais a mercadorias como uma argamassa sustentável com sedimentos do Rio Amazonas. E a maioria dessas empresas, 59%, é do setor de bioeconomia.

"São produtos que estão dentro de um programa, que estão nas vitrines dos supermercados, que têm recebido o devido reconhecimento. Os chocolates Cassiporé e Cunani, por exemplo, foram celebrados no Salão de Chocolate da França. Não é apenas um selo de origem, é também uma certificação cultural, ecológica, que mostra o que nós podemos produzir a partir de produtos da Amazônia", explicou o governador do Amapá.

Clécio tratou ainda de impasses que precisam ser enfrentados para impulsionar o mercado de produtos originados do estado mais preservado da Amazônia, que pode servir de modelo para as demais regiões. Um deles é a ampliação da concessão de benefícios fiscais para empresas de fármacos e fitocosméticos, que facilitaria a instalação de grandes indústrias.

"A Zona Franca Verde não dá os benefícios que nós gostaríamos que ela oferecesse para ter uma bioeconomia pujante e de grande escala na Amazônia, gerando dinâmica econômica, gerando emprego, gerando renda. Esse é um dos legados que a COP tem que deixar. A gente tem que colocar o dedo da ferida em relação às restrições não razoáveis que nos são impostas", comentou o governador.

O painel pontuou, sobretudo, que a floresta amazônica preservada também significa geração de renda e que a riqueza deve chegar também aos povos que vivem e dependem dela.

"Quem protege a floresta, de alguma forma, enriquece. Só que essa não é a nossa realidade hoje, infelizmente. Nós temos que virar esse jogo, seja em parte com medidas compensatórias, como o crédito de carbono, que é muito importante, mas é muito mais que isso. Nós precisamos mais do que medidas compensatórias, precisamos de modelos adequados de desenvolvimento econômico, social e sustentável", acrescentou o governador Clécio Luís.

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Tá no ZAP ==> Entre no grupo de WhatsApp e receba notícias em primeira mão aqui!